Vivemos tempos complicados e estranhos. Não esperávamos, nem estávamos preparados/as para uma pandemia. Fomos apanhados/as pelas novidades do dia-a-dia, da hora-a-hora. Primeiro era muito longe, não era connosco, não acreditámos a cem por cento, facilitámos… A pouco-e-pouco a situação foi ficando mais densa, mais objectiva e concreta, mais dura e começámos a compreender e a aceitar que o perigo é real e que temos mesmo que mudar os comportamentos, temos que agir com responsabilidade e em colectivo, só assim conseguiremos vencer um inimigo invisível que dá pelo nome de COVID 19.
Neste combate só se vence se todos e todas actuarmos, neste momento o “cada um por si” não funciona e não vale de nada. Neste combate venceremos actuando em conjunto, cumprindo as regras e não saindo de casa. Agora é “todos por todos”.
No pós-pandemia muita coisa será diferente. Mas o que se pede hoje às instituições é que sejam as primeiras a cumprir as regras, o que se pede ao Governo e às Autarquias é que actuem na defesa da saúde pública e não deixem ninguém para trás.
Só assim o trabalho esforçado e mesmo heróico de todos os profissionais de saúde que estão na linha da frente terá resultados. E esses resultados traduzem-se em salvar vidas.
Neste momento para o vírus é indiferente quem ataca, todos/as são passíveis de infecção. Mas imaginemos, por uns instantes, que não tínhamos Serviço Nacional de Saúde – aquele serviço, universal, gratuito, que recebe ricos e pobres e não deixa ninguém à porta do hospital.
É melhor não imaginar. É tempo de saudar a Lei de Bases da Saúde aprovada no final da anterior Legislatura que recolocou as coisas no seu devido lugar dando primazia ao serviço público.
É tempo de apoiar e saudar todos os profissionais de saúde. Venham todos os aplausos das casas de todos e todas nós.
É tempo de nos protegermos. Os tempos são duros, mas vão passar.