A Galeria Municipal do Entroncamento vai acolher um oficina intitulada de "Posso ser artista um dia?". Créditos: Teatro Meridional

O Teatro Municipal de Ourém recebe na Sala Principal a peça “Do Deslumbramento”, pelo Teatro Meridional, dia 11 de fevereiro, às 21h30. Miguel Seabra escreveu e encenou a peça, subindo também a palco com os atores Nuno Nunes e Bárbara Branco.

Este é um espetáculo que marca os 30 anos do Teatro Meridional e o encenador quis que fosse também uma reflexão “sobre o que andamos aqui a fazer no mundo, sobre a importância dos relacionamentos, da ausência e da presença”.

Esta é a história de um homem que acorda numa memória, e está perdido no seu corpo de trapezista, suspenso num fio acima do palco. Cai. Mas porque acredita que é pássaro, voa. Como num sonho. É a história de uma memória perdida, a história do momento em que conheceu uma mulher. Um instante de “deslumbramento”, que revive uma e outra vez, como um trapezista que atravessa o ar, todas as noites.

“Se repetirmos muitas vezes uma mesma memória, até parece que a conseguimos modificar. Como um trapezista que avança sem medo em cima da corda, todas as noites. Voltamos para cena com as cicatrizes antigas”, descreve Miguel Seabra. “Há memórias angulosas. Podemos magoar-nos se batermos com a cabeça na esquina de uma memória pontiaguda.”

FICHA ARTÍSTICA
texto Ana Lázaro
encenação Miguel Seabra
interpretação Bárbara Branco, Miguel Seabra, Nuno Nunes
espaço cénico e figurinos Hugo F. Matos
música original e espaço sonoro Sérgio Delgado
desenho de luz Miguel Seabra
assistência de encenação Filipa Melo
direção artística Teatro Meridional Miguel Seabra e Natália Luiza

Uma peça para maiores de 12 anos, com a duração de 75 minutos. Os bilhetes custam 7,5 euros. Preço com desconto: 6 euros (desconto JOVEM para menores 30 anos; desconto SÉNIOR para maiores 65 anos; desconto FAMÍLIAS para famílias de 3 ou mais elementos com adulto(s) e criança(s) até aos 12 anos; desconto CULTURAL para alunos e professores de Conservatórios, Academias, Escolas de Artes e Ensino Superior Artístico)

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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