No âmbito do Dia do Município de Tomar, que assinala quarta-feira, dia 1 de março, os 857 anos de fundação, o mediotejo.net apresenta-lhe uma leitura alargada das 11 freguesias que compõem o território concelhio, com reportagens, história, entrevistas e um passeio guiado pela cidade templária à beira Nabão plantada. Neste artigo, conheça a beleza templária de São João Baptista e Santa Maria do Olival.
Oitenta anos depois, a zona urbana de Tomar volta a ter uma única freguesia. Até 1933, o território da freguesia de S. João estendia-se para as duas margens do rio Nabão, mas nesse ano foi criada, do lado nascente, a freguesia de Santa Maria dos Olivais. Com a mais recente divisão administrativa, de 2013, as duas freguesias voltam a unir-se criando a também designada freguesia urbana.
É aqui que se concentra a maior parte da população do concelho, onde funcionam os principais estabelecimentos comerciais e a maioria dos serviços. É também na cidade que existem os monumentos mais visitados pelos turistas com destaque para o Convento de Cristo e para a Sinagoga. O Regimento de Infantaria 15 e o Instituto Politécnico de Tomar são duas importantes instituições da freguesia urbana. Em termos económicos a cidade assiste a uma crescente aposta na área dos serviços e do comércio de que são exemplos as quatro grandes superfícies comerciais.
Tem a palavra… Augusto Barros, 70 anos, independente eleito pelo Partido Socialista
– Pontes fortes e pontos fracos da freguesia?
O que temos de melhor são os nossos fregueses porque, no dia-a-dia, eles são a nossa principal preocupação, são a razão de ser da nossa freguesia. Por eles damos o nosso melhor para que possam usufruir de melhores condições de vida. De pior, temos o problema do saneamento básico. É o que mais me desgosta, estarmos no séc. XXI e cerca de 45 por cento da população, nas periferias da cidade e nas zonas rurais, ainda não terem saneamento.
– Como tem sido a relação da Junta de Freguesia com a Câmara de Tomar?
Tem sido muito positiva. Tem permitido algumas parcerias a nível de pavimentações e reparações de estradas mas também na área social. Tem havido uma colaboração ótima e sem ela nem câmara nem junta teriam conseguido avançar sozinhas. Há uma entreajuda e temos conseguido conciliar o trabalho com o objetivo do bem-estar da população.
– Que dificuldades sente na gestão da freguesia?
Ao longo deste três anos e tal houve pequenos percalços provocados pela oposição. Nós tínhamos apresentado um programa, um plano, que gostaríamos de seguir mas a oposição travou-nos muitas coisas que queríamos avançar rapidamente. O chumbo do orçamento de 2015 atrapalhou-nos um bocado. Graças às parcerias com a Câmara acabámos por conseguir levar a água ao moinho mas não tão bem como queríamos. Por exemplo, em relação ao posto dos correios que nos foi oferecido depois do posto do Colégio ter fechado. Achamos que seria um real serviço a prestar a população e hoje voltaria a fazer o mesmo. A oposição nunca concordou mas o que é certo é que o balcão trabalha constantemente. O importante é o serviço que prestamos às populações, não podemos só ver o lucro.
– Que implicações teve a agregação das freguesias no seu território?
Como sabe no anterior mandato fui presidente da junta de S. João Baptista, freguesia onde moro, e no princípio deste mandato houve quem temesse que eu puxasse mais para S. João. Havia desconfianças e ouvi muitas vezes essas bocas. Mas a minha missão foi sempre tratar as duas áreas por igual. O que se faz de um lado tem de se fazer do outro.
– O que é mais gratificante no cargo de presidente de junta?
O mais gratificante é a experiência que ganhamos ao longo dos anos na convivência com a população. Ouvir as reivindicações e conseguir responder aos anseios da população é o mais gratificante. E o maior orgulho é no final do mandato podermos dizer “missão cumprida”. E devo dizer que até ao final do mandato iremos conseguir fazer entre 90 a 100 do cento do que prometemos em prol de uma comunidade.
– Não gostaria de terminar o meu mandato sem…
Sem pelo menos ver o arranque das obras de saneamento básico em Palhavã. Será um dos grandes orgulhos para que no final possa dizer que vale a pena. São obras que estavam há muitos anos para serem feitas. Tenho a promessa da presidente da câmara que as obras começam em breve. No dia em que conseguirmos ter saneamento básico a 80 a 90 por cento aí sim, missão cumprida.
ORAGO:
São João Baptista
ÁREA:
14,6 Km2
Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Publicada no Diário da República, III Série de 17/01/1994
ARMAS – Escudo de vermelho, Agnus Dei, de prata com lábaro do mesmo, carregado de uma cruz firmada de vermelho e haste de ouro; chefe de prata, carregado das cruzes da Ordem dos Templários e da Ordem de Cristo.
Coroa mural de prata de três torres.
Listel branco com a legenda de negro, em maiúsculas : S. JOÃO BAPTISTA – TOMAR
ORAGO:
Santa Maria dos Olivais
ÁREA:
17,23 Km2
Ordenação heráldica do brasão e bandeira
Publicada no Diário da República, III Série de 13/10/1999
ARMAS – Escudo de prata, torre torreada de vermelho, iluminada e aberta do campo, encerrada numa orla de ramos de oliveira de verde, frutados de negro, com os pés passados em aspa; em chefe, cruz dos Templários de vermelho à dextra e cruz da Ordem de Cristo de vermelho e aberta do campo, à sinistra.
Coroa mural de prata de três torres.
Listel branco com a legenda de negro, em maiúsculas: SANTA MARIA DOS OLIVAIS – TOMAR