Os custos com a diabetes em Portugal aumentaram cerca de 50 milhões de euros em 2014, face ao ano anterior, e o custo médio dos medicamentos mais do que duplicou nos últimos dez anos, revela o relatório “Factos e Números da Diabetes do Observatório Nacional de 2014”. A diabetes representou um custo direto estimado entre 1.300 e 1550 milhões de euros, um acréscimo aproximado de 50 milhões, face a 2013.
No âmbito do Dia Mundial da Diabetes e tendo em conta as prioridades definidas no Plano Local de Saúde do ACES Médio Tejo e pela Unidade Coordenadora Funcional da Diabetes do Médio Tejo, que congrega profissionais do ACES Médio Tejo e do Centro Hospitalar do Médio Tejo, foi proposto celebrar o Dia Mundial da Diabetes esta sexta-feira, dia 13 de novembro, a partir das 15h, com diversas iniciativas que vão decorrer no Palácio dos Desportos, em Torres Novas.
Do programa das comemorações constam diversas atividades de caráter formativo e lúdico, acessíveis a todos os utentes. Durante esta tarde estarão disponíveis inúmeros profissionais de saúde para ensinar e esclarecer os utentes como prevenir e tratar a diabetes.
Baseando-se em dados da Federação Internacional da Diabetes, o relatório “Factos e Números da Diabetes do Observatório Nacional de 2014” dá ainda conta de que a doença em Portugal representou em 2014 um custo de 1.540 milhões de euros por indivíduo, valores que representam 1% do Produto Interno Bruto (PIB) e 10% das despesas em saúde.
Quanto ao custo médio das embalagens de medicamentos da Diabetes, mais do que duplicou o seu valor nos últimos dez anos.
O crescimento do custo dos medicamentos da Diabetes (mais 260%) tem assumido uma especial relevância face ao crescimento efetivo do consumo, quantificado em número de embalagens vendidas (mais 67%).
Segundo o observatório, os utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) têm encargos diretos de 20,6 milhões de euros com o consumo de antidiabéticos orais e de insulinas, o que representa 8,5% dos custos do mercado de ambulatório com estes medicamentos no último ano.
Neste sentido, apesar do acréscimo de despesa registado no último ano, o relatório realça o facto de os encargos totais dos utentes com estes medicamentos terem estabilizado nos últimos três anos.