António Manuel Conde Falcão é um amigo e um sardoalense de gema. É um fotógrafo “amador” tal e qual como Carlos Relvas (séc. XIX) se auto intitulava, porque considera que assim se deve denominar quem ama a fotografia e a trabalha por pura paixão.
Nasceu em 1940 e foi aos 9 anos que ganhou o “bicho” pela fotografia. Aprendi muito com ele. A dominar a câmara escura (na qual era um mestre) e a forma como ele enquadrava e compunha os seus motivos.
Atualmente tem uma pequena galeria na Praça da República, a do Pelourinho, mesmo ao lado do Restaurante 4 Talhas, onde vai expondo fotografias por temáticas. Se por acaso tiver fechada, peça a chave no restaurante que eles abrem para a visita.
Em 1995 desenvolvemos um projeto de angariação e recolha de fotografias antigas do Sardoal, junto das pessoas mais antigas e ainda conseguimos fazer uma exposição com parte daquela recolha no Salão Nobre dos Paços do Concelho, integrada nas Festas do Concelho que acabariam por ser canceladas devido aos incêndios que nessa altura fizeram muitos estragos no Sardoal.
O “Coronel Fotógrafo”, como ele gosta também de se autointitular devido ao seu percurso militar de profissão, também tem um acervo fotográfico riquíssimo sobre o Sardoal e as suas gentes que foi angariando ao longo da sua vida.
E há muito tempo que merecia um reconhecimento público e um olhar mais atento de quem de direito, pelo seu trabalho ao longo dos tempos. São testemunhos visuais essenciais para percebermos quem fomos e como era o Sardoal de antigamente para podermos ter um maior conhecimento da nossa própria história e da nossa cultura.
Para saber mais sobre Conde Falcão, pode ver o trabalho que o mediotejo.net fez em dezembro de 2017.
Fotografia: Conde Falcão na sua galeria, fotografado em finais de setembro.