Na passada crónica viajei pelas Ruas Velhas do Sardoal do início deste século, por entre os negativos a preto e branco do meu arquivo. Desta vez voltei lá, às ruas, para sentir aquele vazio silencioso, esquina após esquina, rua após rua.
Ia já perto do Paço, que é já o final daquelas ruas, quando comecei a ouvir vozes ao longe.
Apressando o passo com os olhos postos nos seixos do rio que fazem parte daquelas calçadas, encontrei, em amena cavaqueira, alguns dos residentes e resistentes: Florinda Sousa, Elizabete Dionisio, Emilia Rosa, Júlio Dionísio e Luísa Costa.
Claro que a Luísa não queria ficar na fotografia mas lá consegui o registo com todos eles. Ainda deu para relembrar a vida e agitação daquelas ruas noutros tempos.
Passei lá de novo uns dias depois e levei, para cada um deles, uma fotografia impressa, como recordação.