Seja descartável ou reutilizável, desde o momento em que a coloca até ao momento em que a retira deverá tratá-la da mesma forma: com muito cuidado, ajustando a sua colocação no rosto com as mãos desinfetadas e, a partir daí, tocando apenas nos elásticos que a prendem às orelhas ou atrás da nuca.
Nada de tirar e pôr, baixar para o queixo ou pescoço, nem guardar no bolso ou na mala para usar daí a mais um bocadinho… A máscara deve ser usada em períodos curtos de tempo (até 4 horas, idealmente), cobrindo todo o rosto desde o topo da cana do nariz e prolongando-se até abaixo do queixo, sem deixar aberturas na zona das faces.
“Tenho visto pessoas com a máscara a deixar o nariz de fora, não pode usar-se assim”, avisa a Delegada de Saúde Pública do Médio Tejo, Maria dos Anjos Esperança. Além disso, depois de corretamente colocada, não deve sempre andar a puxar a máscara, a mexer, a ajustar”, reforça, “porque as nossas mãos podem tocar em algum foco de contaminação”.
No caso das máscaras cirúrgicas e/ou descartáveis, quando se retiram devem ser imediatamente colocadas num saco de plástico ou papel e, depois, no lixo. No caso das máscaras sociais ou comunitárias, feitas de pano e reutilizáveis, devem ser colocadas dentro de um saco também, até irem para lavar.
Quem usar máscara nos transportes públicos para ir trabalhar, por exemplo, deve ter sempre duas unidades: uma para a ida, outra para a volta. A máscara também deve ser substituída sempre que ficar húmida.
Antes da colocação devem-se lavar bem as mãos, repetindo-se o procedimento logo após a retirada da máscara.
Têm-se visto muitas máscaras e luvas descartáveis pelo chão, o que representa um perigo de saúde pública, tal como seringas ou preservativos abandonados.
“É fundamental deitar estas máscaras nos locais próprios, no lixo”, reforça Maria dos Anjos Esperança. “Devia haver coimas para quem deixe máscaras na rua ou não as coloque diretamente no lixo, tal como há para quem não as utilize nos locais próprios”, como os transportes públicos, considera.
Uma nota final para as viseiras, que não substituem o uso de máscara. “A viseira e a máscara são dois equipamentos que se complementam”, recorda a Delegada de Saúde Pública. “O seu uso é recomendado a quem esteja, por exemplo, a fazer atendimento ao público, durante várias horas, protegendo assim também as mucosas dos olhos.”