Passam hoje oito meses sobre o registo da primeira infeção por covid-19 na região: foi a 16 de março que uma mulher de Tomar foi diagnosticada com a doença provocada pelo SARS-CoV-2, o coronavírus que continua a manter o mundo refém do medo. Desde então, nos 13 concelhos do Médio Tejo foram registados 2.166 casos e morreram 31 pessoas. Estamos ainda no Outono e o Inverno ameaça ser um dos mais longos das nossas vidas.
A situação tem-se agravado nas últimas duas semanas e, sobretudo, nos lares de idosos, com surtos difíceis de controlar. Há neste momento 5 concelhos do Médio Tejo classificados como “zona de risco elevado” pelo governo por registarem mais de 240 casos por cada 100 mil habitantes (cálculo feito com os dados dos últimos 14 dias).
Na região envolvente ao Médio Tejo incluem-se na listagem de “risco elevado” os municípios da Chamusca e Ponte de Sor. Todos estes concelhos estão em “situação de emergência” entre 16 e 23 de novembro, regendo-se por normas mais apertadas, com restrições à circulação e períodos de recolher obrigatório.
Nesta “segunda vaga” da pandemia, a região do Médio Tejo teve, em média, valores de risco acima do máximo desejável (240) na primeira semana de novembro, fixando-se esta segunda-feira nos 378 casos por cada 100 mil habitantes. Com as 136 infeções confirmadas hoje num lar de Minde, Alcanena disparou o seu nível de risco bem para lá da “linha vermelha”, registando um valor de 1.452 por cada 100 mil habitantes.
Em termos absolutos, Ourém é o concelho que regista o maior número de casos acumulados (522), sendo neste momento também o que tem mais casos ativos (282).