A nova situação de agravamento pandémico, que pode conferir um sinal de chegada de uma sexta vaga, é percetível pelos dados nacionais e pelos dados no Médio Tejo, com os 11 municípios a somarem um total de mais de 3 mil novos casos nas últimas duas semanas (3.043), 1.744 dos quais na semana de 30 de abril a 6 de maio.
Abrantes foi o concelho com mais casos de covid confirmados nas últimas duas semanas (453 e 345), seguido na última semana por Ourém (313), Entroncamento (222), Torres Novas (216), e Tomar (202). Abaixo da centena de casos surge depois Mação (97), Alcanena (75), Ferreira do Zêzere e Vila Nova da Barquinha (51), Sardoal (39) e Constância, com 25 novos casos.
“O valor médio do índice de transmissibilidade (Rt) para os dias entre 02 e 06 de maio foi de 1,13 (média de 14.400 novos casos por dia)” em Portugal, adianta o relatório semanal do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre a evolução da covid-19 no país.
Desde meados do último mês, a média de casos a cinco dias tem vindo a aumentar em Portugal: 8.931 infeções diárias entre 11 e 15 de abril, 9.474 entre 18 e 22 de abril, 11.153 entre 25 e 29 de abril e 14.400 entre 02 e 06 de maio.
De acordo com o INSA, Rt do SARS-CoV-2 subiu em todas as regiões do país em relação ao período anterior, o que indica uma tendência crescente de novos casos, sendo a Madeira a única que apresenta este indicador abaixo do limiar de 1.
O Rt – que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus – aumentou no Norte de 1,09 para 1,17, no Centro de 1,06 para 1,13, em Lisboa e Vale do Tejo de 0,98 para 1,11, no Alentejo de 0,97 para 1,13, no Algarve de 0,91 para 1,09, nos Açores de 1,04 para 1,10 e na Madeira de 0,83 para 0,86.
Todas as regiões apresentam também uma taxa de incidência superior a 960 casos por 100 mil habitantes em 14 dias, sendo mais elevada nos Açores (2.334,8 casos), seguida do Centro (2.049,5) e do Alentejo (2.044,2).
Apesar do aumento de casos diários nas últimas semanas, o relatório da última sexta-feira da Direção-Geral da Saúde e do INSA sobre a pandemia indicava que o número de pessoas com covid-19 internadas nos cuidados intensivos dos hospitais do continente correspondia a 23,5% do valor crítico definido de 255 camas ocupadas.
c/LUSA