ACES Médio Tejo regista este domingo novos casos de infeção em Abrantes, Tomar e Ferreira do Zêzere. Foto: DR

Depois de 10 casos de covid-19 registados no sábado na região, há hoje mais cinco novos casos na área do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo, três dos quais registados em Tomar, um em Ferreira do Zêzere e um outro em Abrantes. A grande maioria das novas infeções estão ligadas ao surto de Tomar, que conta já com 50 pessoas doentes entre os cerca de 200 funcionários da empresa Ribasabores. O distrito de Santarém soma mais de mil pessoas doentes num dia em que Portugal ultrapassa os 50 mil infetados.

O número de pessoas agora em vigilância ativa é de 217 numa semana em que os números de novos doentes aumentaram de forma significativa na região, em boa medida devido a um surto numa fábrica em Tomar. A coordenadora da Unidade de Saúde Pública do ACES, Maria dos Anjos Esperança, fez um ponto de situação sobre as 15 novas infeções registadas este fim de semana e apelou a que as pessoas em isolamento ou em vigilância cumpram as regras e fiquem em casa, o que não tem sucedido em algumas situações.

Desde o dia 16 de março, dia do primeiro infetado na região, há a registar agora no ACES Médio Tejo 388 casos de infeção em 225 mil habitantes, 198 pessoas recuperadas do vírus, 217 pessoas em vigilância ativa, e 15 óbitos declarados.

O ACES Médio Tejo regista um total de 388 pessoas infetadas (+5), 198 recuperadas (-), 217 pessoas em vigilância ativa (+4) e 15 óbitos (-). Nos 11 concelhos do ACES Médio Tejo, o município de Ourém é o que regista maior número de casos positivos (112), seguido agora de Tomar (81), de Torres Novas (63), Abrantes (46), Entroncamento (37), Alcanena (22), Vila Nova da Barquinha (8), Mação e Ferreira do Zêzere (7), Constância (3) e Sardoal (2).

No ACES Médio Tejo, Tomar é ao dia de hoje o concelho com mais pessoas em vigilância ativa (80), seguido do Entroncamento (38), Abrantes (27), Torres Novas (25), Ourém (23), Vila Nova da Barquinha (10), Alcanena (8), Ferreira do Zêzere (5) e Mação (1).

Com os sete casos que se registam no ACES Pinhal Interior Sul, onde se inclui Sertã (6 casos) e Vila de Rei (1 caso), a região do Médio Tejo soma um total de 395 casos de covid-19, 205 pessoas recuperadas e 15 óbitos.

Em todo o Médio Tejo, há 246 casos de infeção registados no período pós-confinamento, mais 97 do que os reportados na fase inicial de contenção da doença.

No Alto Alentejo, Ponte de Sor apresenta dois casos positivos, tendo os dois cidadãos já recuperado da doença. O relatório da DGS soma mais quatro casos mas são relativos a pessoas que não residem no concelho e que não atualizaram a sua residência fiscal. Gavião continua sem registar casos de covid-19.

A Lezíria do Tejo apresenta um total acumulado de 645 doentes, dos quais 229 casos no concelho de Santarém, segundo dados da Rede Regional. A Chamusca mantém um registo acumulado de nove doentes, entre os quais um óbito a lamentar. A Golegã tem quatro casos confirmados, segundo o relatório da DGS. A região da Lezíria regista 24 óbitos, dos quais 12 em Santarém.

O distrito de Santarém soma, assim, 1023 casos (645 na Lezíria do Tejo e 378 no ACES Médio Tejo), e um total de 39 óbitos (24 na Lezíria e 15 no ACES Médio Tejo).  A Lezíria do Tejo apresenta um total de 531 doentes recuperados e o ACES Médio Tejo tem 198, o que dá um total de 729 pessoas recuperadas do vírus.

Covid-19 | Portugal ultrapassa os 50 mil infetados

Portugal regista hoje mais uma morte e 209 novos casos de infeção por covid-19 relativamente a sábado, ultrapassando a barreira das 50 mil infeções desde o início da pandemia, segundo o boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS). De acordo com o boletim epidemiológico da DGS, Portugal tem agora 50.164 casos confirmados de covid-19 desde o início da pandemia e 1.717 mortes.

Lisboa e Vale do Tejo, onde tem havido mais surtos ativos, soma hoje 25.448 casos, mais 155 infetados do que na véspera, e mais um morto (o único registado no país em 24 horas), elevando o total de óbitos nesta região para 586. Em termos percentuais, nas últimas 24 horas, o aumento de óbitos foi de 0,05% (passou de 1.716 para 1.717) e o de casos confirmados de 0,4% (de 49.955 para 50.164).

Em número de casos, Lisboa e Vale do Tejo lidera com 25.448, seguida pela região Norte (18.503, com 16 novos casos), a região Centro (4.407, mais seis casos), o Algarve (853 e 15 casos novos) e o Alentejo (688, mais 17 casos). Nos Açores e na Madeira o número de infetados manteve-se, em 160 e 105, respetivamente.

Apesar de se ter registado mais um óbito na zona de Lisboa e Vale do Tejo, é o Norte que continua a registar o maior número de mortes (828), depois surge então a região de Lisboa e Vale do Tejo (586), o Centro (252), Alentejo (21), Algarve (15) e Açores (15). Nas últimas 24 horas, o número de pessoas internadas diminuiu para as 403 (menos sete) e nos cuidados intensivos estão agora 48 pessoas (menos duas).

Em relação à informação sobre os casos por concelho, a DGS recorda que apenas é atualizada às segundas-feiras, pelo que os três concelhos com mais casos confirmados indicados no boletim continuam a ser Lisboa (4.240), Sintra (3.476) e Loures (2.197).

Por faixas etárias, o maior número de óbitos concentra-se nas pessoas com mais de 80 anos (1.153), seguidas das que tinham entre 70 e 79 anos (332, mais um morto), entre 60 e 69 anos (152) e entre 50 e 59 anos (55). Há ainda 20 mortos registados entre os 40 e 49 anos, três entre os 30 e 39 e dois entre os 20 e 29 anos de idade.

Em termos globais, há mais infetados na faixa etária entre 40 e 49 anos (8.294, mais 75 casos do que na véspera) depois entre 30 e 39 anos (8.199, um aumento de 32 casos), 20 e 29 anos (7.660, mais 43 casos), 50 a 59 anos (7.610, mais 61), seguida das pessoas com mais de 80 anos (5.773, mais 15 do que no dia anterior).

As autoridades de saúde têm sob vigilância 35.157 pessoas – mais 177 do que no sábado – e 1.429 casos aguardam resultado laboratorial. O número de doentes dados como recuperados da covid-19 aumentou para 35.217 35.010 (mais 207).

C/LUSA

Mário Rui Fonseca

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *