Casa Memória de Camões, em Constância. Foto: mediotejo.net

A Tertúlia de Poesia da Casa-Memória de Camões, em Constância, está de regresso no próximo dia 21 de janeiro, pelas 16h00, e traz consigo uma temática sempre associada às artes, e a esta em particular: “Os poetas malditos”. Com o subtítulo de “obsessivos, melancólicos e suicidas”, a iniciativa contará com a participação da professora Paula Oleiro, uma especialista nesta área, que fará o enquadramento do assunto.

Mas, como é habitual, todos os tertulianos são convidados a uma participação ativa, ou não se tratasse precisamente de uma tertúlia, com leituras ou comentários sobre poemas próprios ou de outros autores.

“Sermos malditos é não coincidirmos com o nosso tempo, com a nossa classe, com o que nos rodeia, com a nossa língua, com a cultura a que se supõe pertencermos” diz Rosa Montero, em “Carne”.

O que seria a arte sem a loucura, a melancolia e a obsessão? A partir do período do Romantismo, e principalmente depois dele, muitos artistas tiraram proveito da loucura e da obsessão para criar grandes obras, tanto na literatura como nas artes plásticas. De Vincent Van Gogh a Salvador Dalí, de Virginia Woolf a Ernest Hemingway, muitos têm sido os artistas malditos que marcaram a arte sua contemporânea e as vanguardas.

Assim, textos poéticos de vários artistas malditos serão as leituras que funcionarão como ponto de partida para esta tertúlia multidisciplinar que relacionará a literatura com a arte.

A entrada é livre e a partilha de leituras sempre bem recebida.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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