Rita Palácio tem 17 anos, é de Constância, e integrou o primeiro voo parabólico em Portugal com 30 jovens "sem peso". Foto: DR

O voo foi promovido pela agência espacial portuguesa Portugal Space, no âmbito da iniciativa “Zero-G Portugal – Astronauta por um Dia”, que visa estimular o interesse dos mais novos pelo espaço, e permitiu aos passageiros sentir o efeito da gravidade em Marte e em Lua, mas também a hiper gravidade, na qual as pessoas se sentem mais pesadas ao ponto de nem sequer conseguirem levantar um braço, quando deitadas no chão.

Os voos parabólicos são praticamente o único meio na Terra capaz de reproduzir o efeito da ausência de gravidade ou microgravidade, que só existe no espaço e apenas é sentida pelos astronautas.

O voo foi promovido pela agência espacial Portugal Space, no âmbito da iniciativa “Zero-G Portugal – Astronauta por um Dia. Foto: DR

Rita Palácio, que frequenta o 12º ano de escolaridade em Abrantes, na área de Humanidades, foi uma das selecionadas, após duros testes prévios, tendo dado conta da importância de relacionar os diversos saberes, entre a Ciência e as Humanidades, para um melhor entendimento do mundo que nos rodeia. “Saio mais desperta para este mundo da aeronáutica e do espaço, e enriquecida com esta experiência”, afirmou.

“Quero seguir Direito, estou em Humanidades, mas esta experiência permitiu-me ver a importância da Ciência na nossa vida e no futuro do Planeta, e da importância de relacionar os diversos saberes”, resumiu.

Rita Palácio, 17 anos, residente em Santa Margarida, Constância, integrou o restrito grupo de 30 jovens participantes. Foto: DR

ÁUDIO | RITA PALÁCIO, ESTUDANTE DE 17 ANOS, RELATOU A EXPERIÊNCIA:

O avião em que seguiram os jovens, um Airbus A310, propriedade da empresa francesa Novespace, que operou o voo sobre a costa portuguesa, numa zona do espaço aéreo reservada, executou manobras de ascensão e queda-livre (parábolas) que permitiram experienciar a ausência de gravidade no seu interior por ciclos de breves instantes, nos quais os passageiros se sentiram tão leves que puderam, sem conseguirem controlar, dar cambalhotas no ar.

A bordo do avião que executou as manobras ao largo de Monte Real, seguiu o astronauta alemão Matthias Maurer, que em 06 de maio regressou de uma missão de seis meses, a primeira, da estação espacial internacional, à qual chamou “beijo cósmico”, por “amor ao espaço”.

Ao todo, o avião da empresa Novespace executou 16 parábolas (mais uma do que o previsto a pedido dos jovens), que perfizeram cumulativamente cerca de sete minutos de efeito de microgravidade, incluindo 20 segundos de gravidade marciana e 40 segundos gravidade lunar.

Os voos parabólicos são praticamente o único meio na Terra capaz de reproduzir o efeito da ausência de gravidade ou microgravidade. Foto: DR

Os jovens, estudantes entre os 14 e os 18 anos, foram selecionados após provas eliminatórias e após a aterragem receberam um diploma de participação.

Dezenas de familiares dos jovens assistiram à descolagem e à aterragem do Airbus A310 num hangar da base aérea próximo da pista.

C/LUSA

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

Agência de Notícias de Portugal

Entre na conversa

1 Comentário

  1. Extraordinária experiência e excelente trabalho. Um jornalismo que narca a diferença no Médio Tejo

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *