Ponte da Praia do Ribatejo. Imagem: mediotejo.net

Na reunião do Conselho Intermunicipal da Comunidade do Médio Tejo realizada no dia 27 de setembro, o presidente da Câmara de Constância, Sérgio Oliveira (PS) assumiu uma posição forte em defesa de uma nova travessia sobre o rio Tejo no concelho.

O objetivo dos representantes dos 13 municípios do Médio Tejo era o de delinear um texto consensual sobre o assunto, tendo o autarca de Constância feito saber perante os seus homólogos que “um dos investimentos prioritários para o Médio Tejo, no horizonte 2020-2030, será uma nova travessia sobre o Tejo na zona de Constância”, deu conta através de nota de imprensa.

No documento enviado à nossa redação, Sérgio Oliveira refere ter apresentado duas soluções alternativas: uma nova travessia sobre o Tejo na zona de Constância completamente nova e que faça a ligação direta da EN118 à A23 ou, segunda hipótese, o desmantelamento do tabuleiro da atual ponte, com reforço dos atuais pilares e construção de novos que permitam a construção de um novo tabuleiro com duas vias de circulação e a passagem de pesados com a respetiva melhoria dos acessos quer da margem sul, quer da margem norte.

No entanto, o autarca de Constância defende que a primeira “é a melhor solução para a região e para o País”, ou seja, a construção de uma nova travessia na zona de Constância.

No documento que leu no Conselho Intermunicipal da CIMT e na reunião pública da Câmara de Constância, no dia 27, e a que o mediotejo.net teve acesso, Sérgio Oliveira fez um enquadramento histórico da chamada ponte da Praia (adaptada provisoriamente ao trânsito rodoviário) e dos esforços efetuados e decisões tomadas, desde os anos 80, quanto à necessidade de uma nova travessia.

“Quem tem a pior ponte atualmente na região? Como é que se assegura no futuro o transporte escolar de Santa Margarida da Coutada para a sede do Concelho? E a recolha dos resíduos sólidos urbanos? Passa-se pela ponte de Abrantes ou da Chamusca? Alguém acha razoável esta situação?”. Estas são algumas perguntas que o autarca de Constância apresentou nas reuniões realizadas em sede de Comunidade Intermunicipal.

São vários os argumentos apresentados por Sérgio Oliveira. Com uma nova travessia em Constância o Eco-Parque do Relvão ficaria a 9, 64 Km, a Mitshubishi a 8,74 Km, a Caima a 1,1 KM, as Unidades Militares de Tancos a 7,44 Km, e o Campo Militar de Santa Margarida da Coutada a 5,37 Km. Basta fazer as contas das distâncias às outras possíveis localizações para verificar o que melhor serve a Região e o País.

O autarca socialista não tem dúvidas de que “se fosse possível a passagem de pesados na atual ponte, a maioria do tráfego seria efetuado por esta via devido à sua centralidade”, tendo feito notar que “uma nova travessia nesta região permitiria uma ligação direta entre a EN118 e a A23”.

José Gaio

Ganhou o “bichinho” do jornalismo quando, no início dos anos 80, começou a trabalhar como compositor numa tipografia em Tomar. Caractere a caractere, manualmente ou na velha Linotype, alinhavava palavras que davam corpo a jornais e livros. Desde então e em vários projetos esteve sempre ligado ao jornalismo, paixão que lhe corre nas veias.

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1 Comentário

  1. Pelo que leio,será mais importante a ligação da EN 118 à A23 do que o acabamento do IC3 desde Almeirim até à Atalaia, com a consequente ponte sobre o Tejo programada há dezenas de anos. Fico pasmado com certas ideias caseiras e o facto de Almeirim, Alpiarça, Vale de Cavalos e a Chamusca estarem constantemente a ser atravessados com centenas de camiões de residuos perigosos a caminho dos CIRVER no Parque do Relvão, isso não importa nada porque isso é com os outros…que dizer mais? Nada…

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