Os deputados António Filipe e Ana Mesquita, do PCP, apresentaram na Assembleia da República uma pergunta ao Governo sobre o apoio à Associação da Casa-Memória de Camões em Constância.
“Qual a disponibilidade do Governo para apoiar o projeto da Associação da Casa-Memória de Camões em Constância para valorizar a Casa de Memória de Camões com a criação de um espaço museológico dotado de um espólio compatível com a dimensão universal do poeta, tendo em conta as dificuldades com que esta associação se confronta para manter a Casa de Memória e o Jardim/Horto de Camões?”, foi a pergunta apresenta pelos deputados.
Uma questão que surge depois de não terem obtido resposta à mesma pergunta feito a 27 de junho de 2018 ao Ministério da Cultura, o que significa o não cumprimento do que dispõe o Regimento da Assembleia da República quanto ao prazo de resposta às perguntas e requerimentos dos deputados nem tendo sido dada qualquer justificação para esse incumprimento.
Os eleitos comunistas recordam que “com base em indícios históricos da presença do poeta Luiz Vaz de Camões na vila de Constância, foi constituída a Associação da Casa de Memória de Camões que, por iniciativa própria, com apoio autárquico, e mesmo com apoios pontuais em Orçamentos do Estado, criou e mantém o Jardim/Horto de Camões, concebido pelo Arquiteto Gonçalo Ribeiro Telles, composto pelas espécies botânicas das mais diversas paragens a que alude a obra do poeta, e adquiriu, construiu e mantém a Casa de Memória de Camões como equipamento cultural dotado de auditório, biblioteca, e algum espólio camoniano, apto para a realização de iniciativas diversas de âmbito cultural e cívico”.
A Associação da Casa de Memória de Camões “tem a ambição legítima de valorizar a Casa de Memória de Camões enquanto espaço museológico, tendo inclusivamente em consideração que não existe nenhum espaço físico em Portugal que seja exclusivamente dedicado à memória daquele poeta maior da língua portuguesa. Para esse efeito, afigura-se indispensável o apoio do Ministério da Cultura, nomeadamente para a conceção do espaço e para o enriquecimento do espólio que poderia constituir um espaço museológico permanente sobre a vida e obra de Camões”, realçam os deputados comunistas.