Até ao dia 17 de maio está patente na Casa-Memória Camões, em Constância, a exposição temporária “De Albergaria a Constância”, que percorre os 130 anos que separam a fundação da fábrica do Caima, em 1888, até aos nossos dias.
Na exposição, que teve a Curadoria do Professor Jorge Custódio, apresenta-se as treze décadas da empresa e do seu enquadramento político, económico, social e cultural em Portugal e na Europa.
Através de vários núcleos, a Exposição convida o visitante a mergulhar na história industrial portuguesa. A Caima nasceu no reinado de D. Luís I, a 17 de maio de 1888, atravessou a monarquia, a primeira República, uma ditadura militar, o Estado Novo, a Revolução dos Cravos, a Adesão à então CEE e até à nova era da globalização.
Mostra também como a organização industrial e comercial resistiu às duas Grandes Guerras, quando as dificuldades se acentuaram dramaticamente, com a proibição estatal de exportação dos seus produtos.
Na génese da Caima estão empresários londrinos que resolveram investir numa fábrica de pasta de papel de processo químico para abastecerem, sobretudo, o mercado britânico e europeu de uma matéria-prima para o fabrico de papel e de consumo assegurado no último quartel do século XIX e durante todo o século XX.
Segundo a nota de imprensa da Caima, esta é “a única empresa em Portugal que produz pasta solúvel, exportando a totalidade da sua produção para os mercados externos, nomeadamente para a China, para ser utilizada na indústria têxtil, farmacêutica e tecnológica”.
A Caima, nos seus 130 anos, “mostra-se com exemplo do que foi, do que é e do que pretende ainda ser enquanto instituição empresarial, centro de trabalho, compromisso social e legado histórico”, refere a mesma nota.
Inaugurada a 24 de novembro, a exposição pode ser visitada aos sábados e domingos entre as 14h30 e as 18h00.
Acho interessante no entanto procuro saber mais sobre o historial do CAIMA de Albergaria a Velha onde estes investidores ingleses vieram criar esta industria que tirou centenas de família da pobreza nos anos 1888. Será
que há algum recorde destas famílias que ali construíram as suas residências estilo inglês e ali viveram, enquanto desenvolveram esta grande industria, onde familiares nossos trabalharam. Muito obrigada