“Margaridas sem chuva não é Margaridas, já faz parte do programa”. É com este espírito que 835 escuteiros vivem o acampamento que decorre em Constância, junto ao Centro Ciência Viva, entre 10 e 13 de fevereiro.
As palavras são de Paulo Almeida, que desempenha as funções de chefe de campo há 10 anos. Para este dirigente, o mais antigo, do Agrupamento 707 (sedeado em Constância Sul), do Corpo Nacional de Escutas (CNE), o mau tempo não é problema para os escuteiros que já estão habituados a enfrentar tal tipo de adversidades.
O mediotejo.net acompanhou a cerimónia de abertura do acampamento que já vai na sua 28ª edição e que este ano juntou 835 escuteiros de norte a sul do país, um número que não é maior porque há limitações de espaço e logísticas. Desde 2005 que o acampamento é realizado junto ao Centro Ciência Viva – Parque de Astronomia, quando anteriormente se realizava no campo militar de Santa Margarida onde se chegaram a juntar 1.300 escuteiros.

É a maior atividade anual do Agrupamento 707 que envolve uma grande logística, sendo essencial o apoio da Câmara, dos militares e de outras entidades.
No recinto à entrada do acampamento, sobem as bandeiras nos mastros, canta-se o hino nacional e o chefe de campo dá por aberto o “Margaridas 2018”. Foi assim no sábado, dia 10, a cerimónia de abertura durante a qual cada grupo se apresentou.
Depois das boas-vindas do chefe de campo, interveio o Presidente da Câmara Municipal de Constância que enalteceu o papel que os escuteiros têm “na construção e transmissão de valores a crianças e jovens”.
Sérgio Oliveira afirmou o seu “orgulho e regozijo” por receber “algo de extraordinário para um concelho pequeno” como Constância.
Com o tema geral “Nem Tudo é Carnaval” e tema particular “As Aventuras de Astérix e Obélix”, o acampamento está dividido em quatro campos: Lobos – Iª Secção – Missão Cleópatra, Maçaricos – IIª Secção – Jogos Olímpicos – Touros – IIIª Secção – Os Vikings – Corvos – IVª Secção – César. Cada um destes grupo tem atividades diferenciadas e temáticas.
Um grupo de 48 caminheiros, durante dois dias, vai participar numa ação de recuperação de uma aldeia na zona do Piódão afetada pelos incêndios do último verão, trabalho que é feito em parceria com outros agrupamentos.
Pela primeira vez este ano, participa um grupo de escuteiros aéreos que vêm do Samouco.

Na cerimónia de abertura, o chefe de campo, Paulo Almeida, fez questão de agradecer o apoio da Comissão Permanente de Pais do Agrupamento, Câmara, Centro de Ciência Viva, Juntas de Freguesia, Associações, entidades militares do Campo Militar de Santa Margarida, GNR, Bombeiros e outros agrupamentos.
O Chefe do Agrupamento 707, Miguel Ferreira, realça o acampamento Margarida como uma “atividade de renome nacional”, como o comprova a participação de escuteiros oriundos de Lamego ou de Elvas, exemplifica.
Manifesta-se confiante de que “vai ser uma bela atividade”, contando com “a ajuda de S. Pedro”.