A Estrutura Residencial para Pessoas Idosas de Santa Margarida conta com três centenários na instituição: Irene Calado, Elisa Pratas e Joaquim Manuel Paulo. Créditos: Santa Casa da Misericórdia de Constância,

Irene Calado, Elisa Pratas e Joaquim Manuel Paulo alcançaram um século de vida, sendo os três residentes em Malpique (Constância), amigos e vizinhos de longa data, revelam que o segredo da longevidade é o amor.

Mas foi Joaquim Manuel Paulo o aniversariante mais recente, tendo celebrado, no dia 21 de janeiro, 100 anos de uma vida que dedicou, em grande parte, à pastorícia. “Profissão que todos os dias faz questão de lembrar com paixão e saudade”, informa a instituição.

O aniversário foi celebrado na ERPI de Santa Margarida, na presença dos seus filhos, netos, bisnetos, dos utentes, dos trabalhadores da instituição e dos elementos que compõem a Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia de Constância.

A festa iniciou com a presença de dois elementos do Rancho Folclórico os Camponeses de Malpique, que levaram a figura do Pastor devidamente trajado e acompanhado pela cadela Mimosa. “Foi com emoção que o Sr. João Varino explicou detalhadamente o traje do Pastor, recordando alguns episódios da vida do Sr. Joaquim”, acrescenta ainda a instituição em nota de imprensa. À festa também não faltou a cabrita Bolinha levada por uma funcionária.

A comemoração terminou com um momento musical que “não estando previsto, foi uma agradável surpresa. As netas do Sr. Joaquim, dedicaram uns fados ao avô” deixando os convidados “rendidos com tamanho poder vocal, aliado à simpatia, alegria e presença”, lê-se na mesma nota.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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