Da pesca ao transporte fluvial, são diversos os instrumentos usados outrora por quem vivia dos rios que estão expostos no museu. Imagem: mediotejo.net

Em abril, a identidade das gentes de Constância é exaltada no seu expoente máximo com a celebração das Festas do Concelho e em homenagem à padroeira dos marítimos e, por isso, o Museu dos Rios e das Artes Marítimas escolheu uma moldura em formato de varino para “Peça do Mês”.

É uma peça que data do início do século XX e que foi oferecida ao museu em 1990. Trata-se de uma moldura elaborada manualmente em madeira recortada, com a forma de varino e decorada com cores semelhantes às utilizadas neste tipo de embarcação. No centro da moldura, na vela quadrangular, está um retângulo com vidro de proteção para encaixilhar a fotografia.

Estas molduras destinavam-se a recordar a memória da pessoa, ou pessoas, retratada(s) na fotografia e também a sua classe profissional, daí esta peça ter pertencido, possivelmente, a algum marítimo ou familiar.

“O formato da moldura recorda os marítimos, gente que trabalhava nos varinos transportando mercadorias no rio Tejo, e a grande fé e devoção que tinham por Nossa Senhora da Boa Viagem, cujas cerimónias religiosas se realizavam, anualmente, na segunda-feira de Páscoa”.

Imagem: MRAM

Recorde-se que todos os meses, a iniciativa “Peça do Mês” dá a conhecer à comunidade os diversos elementos patrimoniais da vila poema e respetiva história.

A “Peça do Mês” está exposta numa das salas do museu, onde pode ser apreciada e a sua divulgação é efetuada através das páginas de Facebook do Museu dos Rios e das Artes Marítimas e do Município de Constância.

Abrantina com uma costela maçaense, rumou a Lisboa para se formar em Jornalismo. Foi aí que descobriu a rádio e a magia de contar histórias ao ouvido. Acredita que com mais compreensão, abraços e chocolate o mundo seria um lugar mais feliz.

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