Em 2017, a autarquia procedeu à substituição do emissário de esgotos na vila de Constância, numa intervenção de cerca de 50 mil euros. Perante a continuidade da existência de problemas, pretende agora aplicar uma "solução definitiva" através da perfuração do leito do rio. Foto de arquivo: mediotejo.net

Já foi adjudicada pelo Município de Constância a empreitada para solucionar os problemas do emissário que leva os esgotos da vila de Constância para a ETARI do Caima. Uma obra que vai passar pela perfuração do leito do rio Tejo e que representa um investimento global na ordem dos 185 mil euros.

A adjudicação da obra foi aprovada por unanimidade na reunião de Câmara Municipal de Constância de quarta-feira, 30 de março, e representará um investimento de 184 mil euros. Recorde-se que em janeiro a autarquia constanciense aceitou um donativo no valor de 84 mil euros por parte da Celulose da Caima para o apoio no financiamento da referida empreitada (que vai também ser financiada pela autarquia e pela administração central, no âmbito do Fundo de Emergência Municipal).

Há cerca de duas décadas que os esgotos domésticos da vila de Constância são tratados na ETARI (Estação de Tratamento de Aguas Residuais Industriais) do Caima, na margem sul do Tejo, com os afluentes a serem levados da margem norte através de um emissário (tubo) assente no leito do rio.

“A solução implementada na altura foi através de estacaria, que se manteve durante algum tempo, mas nos últimos anos tem vindo a dar problemas”, explicou ao mediotejo.net o presidente da Câmara de Constância, Sérgio Oliveira. Tais problemas levaram em 2017 à substituição da tubagem, justificada pelo “elevado estado de fadiga” da conduta que não oferecia as condições ambientais e de segurança necessárias para o seu normal funcionamento.

Feita a intervenção, o problema não ficou solucionado e, em 2020, um munícipe expôs em sessão de Assembleia Municipal um novo episódio de rutura na respetiva tubagem, em que se viam esgotos a correr “a céu aberto”. Na altura, o presidente da autarquia admitia já estar a ser estudada uma “solução definitiva” para o emissário, avançando com a hipótese de perfuração do leito do rio.

“É uma solução estrutural e que, à partida, no futuro não trará problemas como tem trazido agora”, admite o socialista Sérgio Oliveira. As previsões apontadas são as de que a obra esteja concluída durante o decorrer deste ano de 2022.

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Ana Rita Cristóvão

Abrantina com uma costela maçaense, rumou a Lisboa para se formar em Jornalismo. Foi aí que descobriu a rádio e a magia de contar histórias ao ouvido. Acredita que com mais compreensão, abraços e chocolate o mundo seria um lugar mais feliz.

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