Inauguração do painel "Watching People", de Ricardo Escada, em Constância. Fotografia: Katia Garcia

Na Praça Alexandre Herculano, em Constância, podemos encontrar a partir de agora uma série de novos rostos, em permanência. Foi instalado na manhã de sexta-feira um painel com cerca de 50 fotografias da autoria de Ricardo Escada.

“Watching People” foi uma das crónicas que o ator e fotógrafo de 43 anos assinou no mediotejo.net. Semanalmente revelava-nos um novo rosto, cada um com a sua história, dentro de uma mesma linha conceptual, com uma estética muito própria. Algumas dessas imagens ficam agora perpetuadas num espaço público, e em conjunto, na sua terra natal.

Ricardo Escada é também um homem de muitas faces – dizemo-lo no sentido de ser um artista multifacetado. Apaixonado pelas Artes do Espectáculo, foi no Chapitô que se formou e, se pudesse estar todos os dias num palco de teatro ou num cenário de cinema, assim seria.

No cinema participou em filmes como “O Ano da Morte de Ricardo Reis”, de João Botelho, “O Homem que Matou Don Quixote”, de Terry Guilliam, “Fátima”, de Marco Pontecorvo, “Raposa” e “Madrugada, de Leonor Noivo, e entrou também em séries e telenovelas como “Ministério do Tempo”, “Anjo Meu” ou “Jardins Proibidos”.

A fotografia é uma outra paixão, que surgiu na sua vida aos 14 anos. Em Lisboa fez sobretudo fotografia de eventos sociais, para publicações como a revista “Caras”. Até que fugiu da atribulação da capital e regressou às suas origens, em busca de um novo sentido para a vida – e diz que foi na confluência do Zêzere com o Tejo que se reencontrou.

Em Constância começou a fotografar de forma mais abrangente, interessando-se por paisagens ou pequenos pormenores arquitectónicos, e colaborando também com o mediotejo.net. Primeiro com a crónica fotográfica “Watching People”, depois com vários trabalhos numa linha mais documental ou de fotojornalismo, como o que realizou durante uma fase em que a população de Constância ficou em isolamento, devido ao elevado número de casos de covid-19.

Patrícia Fonseca

Sou diretora do jornal mediotejo.net e da revista Ponto, e diretora editorial da Médio Tejo Edições / Origami Livros. Sou jornalista profissional desde 1995 e tenho a felicidade de ter corrido mundo a fazer o que mais gosto, testemunhando momentos cruciais da história mundial. Fui grande-repórter da revista Visão e algumas da reportagens que escrevi foram premiadas a nível nacional e internacional. Mas a maior recompensa desta profissão será sempre a promessa contida em cada texto: a possibilidade de questionar, inquietar, surpreender, emocionar e, quem sabe, fazer a diferença. Cresci no Tramagal, terra onde aprendi as primeiras letras e os valores da fraternidade e da liberdade. Mantenho-me apaixonada pelo processo de descoberta, investigação e escrita de uma boa história. Gosto de plantar árvores e flores, sou mãe a dobrar e escrevi quatro livros.

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