Circulação na ponte da Chamusca passa a ser alternada e regulada por semáforos. Foto arquivo: Fernando Pena

A circulação na centenária ponte sobre o Tejo, que liga a Chamusca à Golegã, será feita a partir de hoje de modo alternado e regulado por semáforos, anunciou a Infraestruturas de Portugal (IP).

Em comunicado, a IP dá conta que a medida entrou hoje em vigor, depois de concluídos os testes aos semáforos instalados na Ponte João Joaquim Isidro dos Reis, também denominada Ponte da Chamusca, “de modo à regulação do tráfego na travessia da ponte com implementação de circulação alternada”.

Durante o período dos testes, realizados entre os dias 30 de março e 01 de abril, a IP refere que foi “analisado o comportamento dos fluxos de tráfego, observando as suas variações ao longo do dia”.

Procedeu-se depois à “programação otimizada do dispositivo, de modo a reduzir os tempos de espera em cada um dos sentidos” de circulação, indicou a IP.

Aquela travessia, que data de 1909, tem gerado muitos problemas na fluidez de circulação, não tendo o tabuleiro dimensão e largura suficiente para que dois camiões possam cruzar-se ali em simultâneo, originando períodos de grandes constrangimentos na circulação rodoviária.

Agora, afirma a IP, “prevê-se garantir uma maior fluidez do tráfego ao longo do dia, sendo mantida a circulação alternada por recurso ao sistema semafórico” ali instalado.

Desta forma, acrescenta, “pretende-se assegurar a travessia da ponte em segurança e sem os constrangimentos provocados pelo entrecruzamento de veículos pesados”.

Centenária ponte sobre o Tejo que liga Chamusca à Golegã não permite a passagem de dois camiões em simultâneo. Foto: DR

Na mesma nota informativa, a IP refere que esta intervenção “foi desenvolvida em estreita colaboração com as autarquias da Chamusca, Golegã e Alpiarça” e com o apoio da Proteção Civil e da Guarda Nacional Republicana.

O Movimento de Utentes dos Serviços Públicos do Distrito de Santarém (MUSPDS) tem reivindicado ao governo a construção de uma nova travessia na Chamusca, tendo lançado uma petição que invoca a construção de uma ponte alternativa e a conclusão do troço do IC3, ligando a A13, no concelho de Almeirim, à A23 e à A13, e em Vila Nova da Barquinha, que ligue as margens do Tejo nos concelhos da Chamusca e da Golegã.

“Hoje, aquela infraestrutura e acessos não correspondem às necessidades de mobilidade das populações e às atividades económicas dos concelhos limítrofes (Chamusca, Golegã, Torres Novas, Entroncamento) e do distrito de Santarém”, lê-se na petição.

Agência de Notícias de Portugal

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3 Comentários

  1. A única solução com garantias de segurança é acabarem o IC3 entre Almeirim e a Atalaia incluindo naturalmente a oonte que faz parte do Plano rodoviário nacional há muitos anos. Porém esssa obra só irá ser feita quando houver um acidente grave dentro de Almeirim, de Alpiarça ou da Chamusca com aqueles camiões carregados de matérias perigosas a caminho dos CIRVER na Carregueira. Aliás o IP com esta notícia está a pôr-se de lado. Mas quando acontecer esse acidente grave vai logo aparecer dinheiro para fazer a obra que já devia estar feita há muitos anos. Esta situação faz-me lembrar a tragédia de Entre os Rios porque não havia dinheiro para a manutenção da ponte que caiu mas depois apareceu logo dinheiro para a reconstruir e construirem outra nova. Gostava de estar enganado…mas vai ser só uma questão de tempo.

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