Sertã repete partida da "etapa rainha" na 83.ª Volta a Portugal em bicicleta. Foto arquivo: António José Ladeiras

É já no dia 7 de agosto (domingo), às 12h50, que a vila da Sertã vê partir o pelotão naquele que será o primeiro grande teste aos ciclistas, nomeadamente aos principais candidatos à vitória na prova. A terceira etapa leva os corredores até à Covilhã, mais concretamente ao ponto mais alto de Portugal continental, com a sempre mítica subida à Torre, na Serra da Estrela, onde estará instalada a meta.

A Volta a Portugal em Bicicleta que já vai na sua 83.ª edição, decorre de 4 a 15 de agosto e, tal como em 2021, tem no mapa esta importante tirada que constitui um dos seus momentos altos.

Trata-se da terceira etapa, com uma extensão total de 159 km, que passará pelo território dos concelhos da Sertã, Proença-a-Nova, Oleiros, Fundão e Covilhã, estando a meta instalada na Torre na Serra da Estrela. A prova apresenta três metas volantes e quatro prémios montanha.

A concentração dos participantes está agendada para as 10h50, na Alameda da Carvalha, na Sertã e, duas horas depois, às 12h50, será feita a partida simbólica da etapa. A caravana de ciclistas segue pela Rua de Proença-a-Nova (EN241), seguindo-se a partida real na Portela dos Bezerrins, às 13h00.

À semelhança das edições anteriores, a realização da partida da terceira etapa da 83.ª Volta a Portugal na vila da Sertã, irá provocar constrangimentos no trânsito e no estacionamento na Rua do Convento, Rua Moinho da Rola, Rua Baden Powell e Alameda da Carvalha:

– Estacionamento proibido: entre as 20 horas do dia 6 de agosto (sábado) e as 17 horas de 7 de agosto (domingo);

– Corte de trânsito: entre as 6 e as 17 horas de 7 de agosto (domingo).

De referir que fica garantido o acesso a viaturas de emergência (bombeiros, forças policiais, etc). A circulação ficará restabelecida no dia 7 de agosto (domingo) a partir das 17 horas, aproximadamente.

Uma das maiores novidades no mapa da prova deste ano, é a incursão por terras de Espanha com etapa 3 a sair de Badajoz e a percorrer grande parte do Alto Alentejo para terminar na cidade de Castelo Branco. Na região do Médio Tejo a Sertã é o local onde pode apreciar a Volta a Portugal.

Se a subida da Serra da Estrela irá fazer a primeira seleção dos verdadeiros candidatos à vitória final da prova, no penúltimo dia o Monte Farinha (Senhora da Graça, em Mondim de Basto) por certo que ditará a regra do mais forte. Se, mesmo assim, ainda subsistirem dúvidas, sobrará o contrarrelógio no último dia, numa ligação de 18,6 km entre Porto e Vila Nova de Gaia.

Com partida de Lisboa a 4 de agosto, confira aqui todas as etapas da prova maior do ciclismo português:

Dia 4: Prólogo – Lisboa

Dia 5: Vila Franca de Xira – Elvas

Dia 6: Badajoz – Castelo Branco

Dia 7: Sertã – Covilhã (Torre)

Dia 8: Guarda – Viseu

Dia 9: Dia de descanso

Dia 10: Mealhada – Miranda do Corvo

Dia 11: Águeda – Maia

Dia 12: Santo Tirso – Braga

Dia 13: Viana do Castelo – Fafe

Dia 14: Paredes – Mondim de Basto (Senhora da Graça)

Dia 15: Porto – Gaia

Como já vem sendo tradição, a Volta a Portugal em bicicleta reserva um dos seus dias para aquela já denominada “etapa da volta” que decorre durante o dia de descanso da grande competição, que na edição deste ano será no dia 9 de agosto, em Viseu. A organização, com esta iniciativa, abre a estrada a todos os amantes deste desporto, “proporcionando-lhes a experiência e as sensações vividas pelos ciclistas numa Etapa da Volta a Portugal”.

Volta a Portugal ‘suaviza’ percurso numa 83.ª edição de incógnitas

A inédita ascensão ao Observatório do Parque Eólico de Vila Nova e a incursão em Espanha destacam-se no percurso da 83.ª Volta a Portugal, mais ‘pobre’ em chegadas em alto e ‘refém’ da incógnita W52-FC Porto.

A apresentação tardou, mas o percurso da 83.ª edição, que entre 04 e 15 de agosto vai ligar Lisboa a Gaia, num total de 1.559,7 quilómetros, foi finalmente revelado no dia 22 de julho nos Paços do Concelho de Lisboa, com a prova a expandir fronteiras e ‘abrir-se’ a outro tipo de ciclistas, abdicando da dureza de outros anos, ao prever ‘só’ três chegadas em alto: a Torre aparece logo à terceira etapa, antecedendo a ‘desconhecida’ subida ao ponto mais alto de Miranda do Corvo (5.ª etapa) e a tradicional Senhora da Graça, escalada na véspera do ‘crono’ final.

A organização ‘suavizou’ o traçado – os ciclistas enfrentarão 26 contagens de montanha, menos sete do que no ano passado -, desenhou cinco etapas para ‘sprinters’ e deixou os candidatos à sucessão de Amaro Antunes, o bicampeão em título cuja participação está em dúvida devido à ‘novela’ W52-FC Porto, com menos terreno para fazerem a diferença, já que, além das etapas de montanha e do contrarrelógio, só a chegada à Braga, depois da subida ao Sameiro, pode relevar-se complicada.

As primeiras pedaladas do modesto pelotão, novamente desprovido de equipas do WorldTour, mas com os ‘dragões’ entre os inscritos, serão dadas em 04 de agosto, no curto e explosivo prólogo de apenas 5,4 quilómetros, com partida e chegada à Praça do Império, perto do Centro Cultural de Belém, ‘responsável’ por atribuir a primeira amarela.

A primeira etapa marcará o início de uma viagem por paragens seguramente quentes, ligando Vila Franca de Xira a Elvas, ao longo de 193,5 quilómetros tendencialmente planos, antes do ‘salto’ dos ciclistas para Espanha.

Muito criticada em anos anteriores pela falta de originalidade do percurso, e pela sua excessiva concentração no Norte/Interior, a organização respondeu nesta edição com Badajoz, ponto de partida da segunda tirada, que acabará em Castelo Branco, 181,5 quilómetros depois.

Às duas oportunidades para ‘sprinters’ segue-se a primeira para trepadores: domingo, 07 de agosto, é de dia de ‘etapa rainha’ da Volta a Portugal, com o ponto mais alto de Portugal continental a ‘coroar’ uma jornada de 159 quilómetros a partir da Sertã, cuja única verdadeira dificuldade é a contagem de categoria especial que coincide com a meta instalada na Torre.

Após o primeiro ‘tira-teimas’ entre favoritos, os homens rápidos têm novamente uma etapa para brilhar, nos 169,1 quilómetros entre a Guarda e Viseu, onde o pelotão descansará em 09 de agosto, antes de rumar ao centro do país e à ‘surpresa’ desta edição.

Além da chegada ao Observatório do Parque Eólico de Vila Nova, no concelho de Miranda do Corvo ser inédita na história da prova, o final da etapa, que começa na ‘regressada’ Mealhada (há 44 anos que estava ausente) 165,7 quilómetros antes, vai ser exigente e proporcionar uma subida na Serra da Lousã com cerca de 10 quilómetros e uma pendente média de inclinação de 9%, que culmina numa contagem de montanha de primeira categoria.

Seguem-se, em 11 de agosto, 159,9 quilómetros a rolar, entre Águeda e a Maia, com Santo Tirso a acolher este ano a partida da sétima tirada, que acaba em Braga, passados 150,1 quilómetros, já depois da subida ao Sameiro, uma segunda categoria instalada a menos de 10.000 metros da meta.

Também Viana do Castelo ‘trocou’ de papel nesta edição, acolhendo o início da oitava etapa, que termina em Fafe, decorridos 182,4 quilómetros, com o empedrado inclinado da chegada a poder ser atacado quer por homens rápidos, quer por ‘puncheurs’.

A Senhora da Graça volta a aparecer no percurso na penúltima etapa, em 14 de agosto, um domingo, com os 174,5 quilómetros a partir de Paredes a prometerem espetáculo: antes da subida final ao ponto mais alto do Monte Farinha, os corredores enfrentam outras duas contagens de primeira categoria, na Serra do Marão e no Barreiro.

Mas, será o contrarrelógio do último dia, desenhado nas margens do Douro, entre o Porto e Gaia, no total de 18,6 quilómetros, a decidir o vencedor.

Todas as informações e regulamento poderá ser consultado no sítio oficial da prova AQUI em www.volta-portugal.pt ou através da sua página no facebook.

c/LUSA

A grande “culpada” é uma velhinha máquina de escrever Royal esquecida lá por casa e que me “infectou” para uma vida que se revelou mais tarde não fazer sentido sem o jornalismo. O primeiro boletim da paróquia e o primeiro jornal da pequena aldeia onde frequentava a escola (tinha apenas 7 anos de idade) entranharam-me a alma (e o sangue) deste “vício” de escrever e comunicar. Seguiram-se os pequenos jornais de turma, os das escolas, os painéis informativos colocados nas paredes dos átrios e o dos escuteiros... e nunca mais o “vício” sarou. Ao longo da vida, foram vários e diversificados os ofícios exercidos profissionalmente, mas o “mar dos desejos” desaguava sempre numa folha de papel ou (mais tarde) num portátil de computador (e sempre com a máquina fotográfica como companhia). Já mais "a sério” e desde jornais regionais, rádios locais, periódicos nacionais e televisão (TVI), já são mais de 45 anos de um percurso “académico” de alguém que pouco se importa de não possuir um “canudo”.

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