O vereador Rui Rufino, do PSD, mas eleito pela coligação PSD/CDS-PP/MPT (Chamusca é o meu partido), teceu duras críticas ao Ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, a quem apelidou de “retardado mental”. A intervenção ocorreu já na parte final da reunião da Câmara da Chamusca realizada por videoconferência no dia 9 de dezembro a propósito da não inclusão do IC3 e da nova ponte sobre o Tejo no plano de investimentos prioritários do governo.
O Presidente da Câmara, Paulo Queimado (PS), começou por dar conta do resultado da reunião realizada no dia 18 de novembro entre os autarcas da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo (CIMLT), o Ministro das Infraestruturas e o Presidente da Infraestruturas de Portugal (IP).
“Não há dinheiro para o IC3”, foi a resposta que obtiveram do governante, segundo as palavras de Paulo Queimado. No entanto, foi abordada uma possível solução alternativa para a travessia do Tejo e para a circulação de pesados, nomeadamente que sirva o transporte de resíduos em direção ao Ecoparque do Relvão.
O autarca anunciou que nos próximos dias haverá uma reunião com os responsáveis da IP sobre o assunto, adiantando que essa solução pode passar por um novo traçado do IC3 e uma nova localização da travessia sobre o Tejo de modo a reduzir os custos da obra.
Só depois dessa reunião entre a IP e a CIMLT é que os autarcas prometem tomar uma posição pública.
Para o vereador Rui Rufino, “o que vai ser apresentado (como solução alternativa) é tentar atirar areia para os olhos de todos os chamusquenses”, ao mesmo tempo que criticou o ministro Pedro Nuno Santos a quem chamou de “atrasado mental”.
“Não há dinheiro para o IC3, mas há dinheiro para uma ponte mais acima, não há dinheiro para o IC3, mas há dinheiro para enterrar num projeto estúpido que o ministro quis fazer na TAP. Há dinheiro para isso tudo menos para a Chamusca, menos para resolver um problema do país”, criticou o autarca social democrata.
“Já não há mais palavras. Vale mais pôr uma cruz à entrada e outra à saída a dizer aqui jaz o concelho da Chamusca, o cemitério do país”, concluiu Rui Rufino.
Uma nova ponte sobre o rio Tejo, a ligar o concelho da Chamusca ao da Golegã, e que sirva o tráfego rodoviário pesado do Ecoparque do Relvão tem sido uma reivindicação dos autarcas da região, no entanto o projeto não está contemplado no Programa Nacional de Investimentos 2030 (PNI 2030).