Foto: Recicla

O Conselho de Administração da Resitejo decidiu dar um prazo até ao fim do mês aos municípios do norte do distrito de Santarém para cumprirem os seus pagamentos. Caso não o façam, é suspenso o serviço de recolha de resíduos (dos ecopontos). A informação foi prestada por Paulo Queimado, autarca da Chamusca e presidente da Resitejo (RSTJ), em reunião de executivo.

“Estamos com graves dificuldades de tesouraria”, revelou Paulo Queimado, tendo feito notar uma “situação muito complicada” porque os municípios associados da Tejo Ambiente (Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Tomar e Vila Nova da Barquinha) não estão a fazer o pagamento atempadamente à Resitejo.

“Se até ao final do mês não conseguirmos ter recebimentos da parte dos municípios, vamos começar a suspender os serviços de recolha de resíduos”, garantiu o autarca.

Adiantou que a Resitejo apenas tem verba suficiente para pagar os vencimentos dos funcionários, mas não tem mais verba para fazer face a outras despesas como seja combustível e manutenção das viaturas.

“Estamos a falar de lixo. Ninguém o quer em casa, mas ninguém o quer pagar”, resume Paulo Queimado, que se mostra “muito preocupado” com a situação, considerando “inadmissível, nos tempos em que vivemos, os municípios não darem cumprimentos àquilo que está contratualizado”.

Com sede na Carregueira, Chamusca, a RESITEJO, Associação de Gestão e Tratamento dos Lixos do Médio Tejo, convertida na empresa intermunicipal RSTJ, tem como área de intervenção 10 concelhos: Alcanena, Chamusca, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Golegã, Santarém, Tomar, Torres Novas e Vila Nova da Barquinha.

José Gaio

Ganhou o “bichinho” do jornalismo quando, no início dos anos 80, começou a trabalhar como compositor numa tipografia em Tomar. Caractere a caractere, manualmente ou na velha Linotype, alinhavava palavras que davam corpo a jornais e livros. Desde então e em vários projetos esteve sempre ligado ao jornalismo, paixão que lhe corre nas veias.

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1 Comentário

  1. João Oliveira
    Perguntem aos presidentes de câmara em especial aqueles que têm tachos na Tejo Ambiente para onde vai o dinheiro que pagamos e não é pouco nas faturas da água para além de irem para os BMW topo de gama em que os administradores se fazem transporta.

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