Os constrangimentos de trânsito na ponte da Chamusca são diários. Foto: mediotejo.net

Com os votos contra do PS, Chega e Iniciativa Liberal, a abstenção do PSD e CDS e os votos a favor do Bloco, PCP e PAN, foi chumbada na Assembleia da República a proposta que o Bloco de Esquerda apresentou para que fosse incluída no Orçamento de Estado para 2020 a construção de uma nova travessia do rio Tejo, entre a Chamusca e a Golegã.

A deputada do BE, Fabíola Cardoso, tinha desafiado todos os partidos políticos com assento parlamentar, em especial os deputados eleitos pelo distrito de Santarém para se “passar das palavras aos atos e votar favoravelmente esta proposta a incluir no Orçamento de Estado para melhorar a vida das pessoas”.

Para o BE, ao recusar a proposta, “PS e PSD mostram a sua falta de coragem política: votam a favor de uma recomendação, mas votam contra quando se trata de a colocar em aplicação transformando-a em Lei”.

Considerando ter-se tratado de “uma oportunidade para o distrito que foi perdida”, o BE afirma que “não abandona as populações do distrito aos joguinhos do bloco central”. Nesse sentido anuncia novas iniciativas a revelar numa conferência de imprensa marcada para sexta feira, dia 7, às 11 horas, junto à ponte da Chamusca.

Segundo os bloquistas, esta obra é considerada “estruturante para o distrito”, e lembram que “foi objeto de uma resolução aprovada por unanimidade na última legislatura”, e por isso “deve ser incluída como prioritária já para este Orçamento de Estado”.

Na nota justificativa da proposta, o BE referia que as duas faixas de rodagem da ponte, ao longo dos 756 metros da estrutura de ferro, “foram um enorme avanço em 1909, quando a ponte foi inaugurada e abandonadas as anacrónicas barcas que asseguravam a travessia do rio Tejo”.

Mas 110 anos depois, “esta ponte constitui um enorme estrangulamento que impede a fluidez do tráfego e asfixia a atividade económica da região. Tem, além disto, evidentes implicações na segurança das populações, pois já ficaram imobilizadas ambulâncias, no meio de trânsito”, argumentava o BE.

José Gaio

Ganhou o “bichinho” do jornalismo quando, no início dos anos 80, começou a trabalhar como compositor numa tipografia em Tomar. Caractere a caractere, manualmente ou na velha Linotype, alinhavava palavras que davam corpo a jornais e livros. Desde então e em vários projetos esteve sempre ligado ao jornalismo, paixão que lhe corre nas veias.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *