A Associação Eco Parque do Relvão (AEPR) promoveu o I Workshop do Projeto EPR.COLAB, na Chamusca, que contou com a presença de mais de 60 participantes em representação de 40 entidades, associados, empresas instaladas ou não no EPR, entidades oficiais, especialistas e particulares.
O CEO da AEPR, Domingos Saraiva, iniciou os trabalhos contextualizando a génese do Eco Parque do Relvão (EPR) desde uma “visão estratégica” liderada pela Câmara Municipal da Chamusca, com o apoio de várias entidades locais e do meio académico (destacando o importante contributo do Instituto Superior Técnico), referindo que “desenvolveram um trabalho de conceptualização e de atração de empresas para o que viria a ser conhecido como Eco Parque do Relvão”.
Domingos Saraiva sublinhou a importância deste conjunto de empresas que “representa hoje um cluster ímpar face à existência de projetos-âncora que prestam serviços únicos a nível nacional, detentor de uma força relevante na economia do país, cujo investimento e postos de trabalho criados contrariaram as dinâmicas socioeconómicas negativas até então existentes na região”.
O responsável prosseguiu relembrando que, mais recentemente, “a CM Chamusca e um conjunto de entidades locais encabeçaram um esforço de promover a dinâmica do EPR, abordando alguns dos constrangimentos e potenciando as oportunidades existentes” para posteriormente apresentar os mentores do Projeto EPR.COLAB, objetivos e relatar a recente reestruturação do Plano Estratégico da AEPR “recuperando e atualizando ideias que existiam há 10 anos”.
O CEO da AEPR terminou frisando “a excelente colaboração entre associados, câmara municipal, entidades públicas e agentes pessoalmente envolvidos”, apelando à discussão de ideias, sugestões e eventuais críticas ao projeto, exortando os presentes para a importância dos trabalhos em curso para suporte ao Projeto EPR.COLAB.
O workshop prosseguiu com a apresentação de António Lorena, responsável da 3Drivers que recordou a década de contributos ao projeto EPR apresentado pela Câmara da Chamusca ainda em 2005 sob a designação de “Estudo Integrado”, desenvolvido com o Instituto Superior Técnico.
António Lorena dissecou os principais fatores estratégicos para o desenvolvimento do EPR procurando evidenciar esta rede de potenciais Simbioses Industriais no EPR e região circundante.
Os trabalhos foram retomados com a questão sobre as transições para a Economia Circular e o papel das simbioses industriais, hoje amplamente apontadas como uma estratégia chave nesta evolução de paradigma.
Foram apresentados conceitos base que, não sendo inéditos, importava recuperar. Depois, a partir de diversos casos internacionais de sucesso, o especialista apresentou aos participantes o modelo proposto neste projeto aprovado pelo Fundo Ambiental.
O Projeto EPR.COLAB foi um dos 20 selecionados no âmbito do programa “Apoio à Transição para a Economia Circular” e concretiza a ambição da Associação em dinamizar atividades de eficiência coletiva junto das empresas do EPR e da região onde se insere, nomeadamente estratégias de simbioses industriais.
Foi relembrado aos participantes os objetivos e potenciais benefícios do Projeto, alinhados com a visão original do Eco Parque e da Associação que o enquadra (AEPR) e a metodologia de trabalho proposta destacando a importância das reuniões de trabalho com as empresas previstas para janeiro de 2018.
Por fim, foi promovida uma Mesa Redonda, moderada por Eduardo Oliveira e Silva, reunindo empresários convidados para análise e discussão das oportunidades e barreiras no desenvolvimento de soluções colaborativas, indutoras da sustentabilidade e resiliência da região. Após compilação dos aspetos mais críticos identificados nas intervenções anteriores, o jornalista aproveitou para apelar ao “cerrar de fileiras” de boas vontades em torno da visão defendida pela Associação.