Caras novas marcam a maior parte das candidaturas da CDU aos órgãos autárquicos na Chamusca. A apresentação pública dos primeiros candidatos neste domingo, dia 20 de junho, ao fim da tarde, no Jardim do Coreto da vila, perante dezenas de apoiantes.
A única recandidata é a atual vereadora Gisela Matias que volta a encabeçar a lista para a Câmara Municipal, “com toda a confiança”, refere a CDU.
Para a Assembleia Municipal, e numa “atitude de clara renovação”, a candidata é São Gaudêncio, 47 anos, professora que nasceu e cresceu na Chamusca onde vive e constituiu família apesar de trabalhar fora do concelho.
O mesmo acontece nas freguesias. Para Chamusca e Pinheiro Grande o candidato é João Ricardo Ferreira (42 anos, funcionário administrativo), na Carregueira é António Silva (58 anos, maquinista), na Chamusca e Pinheiro Grande é João Ricardo Ferreira (42 anos, Administrativo), em Ulme é Marisa Nunes (24 anos, Animadora Sócio Cultural), na Parreira e Chouto é Rui Cruz, (32 anos, Técnico de Gestão Ambiental) e em Vale de Cavalos é Suzana Pardal (38 anos, Animadora Cultural).
Aos 43 anos, Gisela Matias, auxiliar de ação médica e atual Vereadora, volta a ser cabeça de lista, “com verdadeira honra e sentido de responsabilidade”.

Diz que ao longo dos quatro anos de mandato, tem sido “a voz” dos que a elegeram, mas também tem sido “a voz daqueles que mesmo não tendo votado na CDU sabem que que puderam e podem contar” com a sua intervenção e com o trabalho de ligação às pessoas, para perceber “as suas dificuldades e contribuir para resolver os seus problemas”.
A sua intervenção foi marcada por duras críticas à atual maioria socialista na Câmara liderada por Paulo Queimado.
Entrevista com Gisela Matias, candidata da CDU à Câmara da Chamusca
“Este PS que se refugia numa maioria absoluta e até na sua má formação democrática política e até pessoal, revelou incapacidade em dialogar com a oposição e, das muitas vezes que foi questionado, primou pelas respostas ocas, não convincentes e com boçal e antidemocrático comportamento”, criticou a candidata.
Para Gisela Matias, “esta gestão errática e populista, conduziu ao definhamento do concelho, criou um ambiente de descontentamento, de desencanto e até de medo”.

Em contraponto, considera que a CDU “é a força necessária para revitalizar e afirmar de novo o concelho da Chamusca, dignificando o poder local democrático, como grande conquista de Abril”.
Garante que a CDU “está preparada, com uma equipa de pessoas aguerridas, com espírito jovem, baseada no trabalho, honestidade e competência, para garantir o futuro para todas as freguesias”.
Intervenção de Gisela Matias, candidata da CDU à Câmara Municipal da Chamusca
Aponta como áreas a merecer atenção especial, a ação social, desenvolvimento económico, saúde, educação, habitação, às quais acrescenta a cultura, património, ambiente e desporto como setores estratégicos para o Concelho.
Gisela Matias defende uma “gestão democrática, clara e transparente” e garante apresentar-se como candidata para “devolver a dignidade ao concelho, a confiança a alegria e a liberdade de viver na Chamusca”.
A estreante, São Gaudêncio, cabeça de lista para a Assembleia Municipal, apresentou-se como chamusquense, professora, de 47 anos. Aqui nasceu, cresceu e constituiu família.

Diz partilhar “com uma sólida equipa, o desejo de promover um desenvolvimento humanizado, que procure dar respostas às necessidades de quem vive no concelho da Chamusca”.
Intervenção de São Gaudêncio, cabeça de lista da CDU à Assembleia Municipal da Chamusca
Aponta como objetivos “reaproximar a gestão do concelho aos cidadãos”, deixa um “sério apelo à intervenção cívica e ao exercício de uma cidadania ativa” e afirma sentir como necessárias no concelho neste momento “uma grande vontade de mudança e de afirmação”.
Para São Gaudêncio, “o progresso e bem-estar das nossas terras só acontecerão se contarmos com todos colocando o interesse do coletivo acima dos interesses pessoais, acima da vaidade, dos compadrios, dos pequenos grupos defensores de interesses meramente económicos”.
Promete transformar a sua terra num “concelho solidário, funcional”, ao mesmo tempo que lembrou o legado que a CDU deixou no passado, um concelho com mais de 30 anos de gestão comunista. Na plateia estava o carismático presidente da Câmara, Sérgio Carrinho.
“É urgente repor honestidade e transparência na gestão pública deste concelho, é urgente abandonar formas de governo centradas em ideais pessoais e em pequenas vaidades”, concluiu.
Interveio ainda Sónia Colaço, bióloga, membro do Partido Ecologista Os Verdes e assessora do Grupo Municipal do partido na Assembleia Municipal de Lisboa.
A encerrar, usou da palavra António Filipe, deputado do PCP eleito pelo Círculo Eleitoral de Santarém e membro do comité central do partido. Participação dos jovens, reabilitação das freguesias agregadas e regionalização foram alguns dos temas abordados na sua intervenção.
