Nos primeiros seis meses deste ano, o Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT) garante ter mantido um crescimento recorde de todos os seus indicadores assistenciais, no âmbito do compromisso assumido da recuperação da atividade suspensa pela pandemia e da melhoria do acesso da população dos 14 concelhos da sua área de influência a “cuidados de saúde diferenciados e de excelência”.
Em nota de imprensa, o CHMT refere que nas consultas externas de especialidade “foi amplamente ultrapassada a fasquia das cerca de 90 mil consultas” atingidas em igual semestre do ano passado. “Nestes primeiros seis meses, foram realizadas um total de 93.562 consultas, ou seja, 748 atos médicos por cada dia útil. São assim mais 4.056 consultas do que no período homólogo de 2022”, um número que representa um crescimento de 5% no “acesso dos utentes aos cuidados de saúde das diversas especialidades”.
No que diz respeito à cirurgia, com muita da sua atividade suspensa durante a pandemia, foram realizadas 40 cirurgias programadas por dia útil no CHMT, num total de 4.966 nos seis primeiros meses deste ano, o que representa um crescimento médio de 8%, com o aumento mais expressivo, cerca de 9%, na cirurgia de ambulatório.
A pressão sobre o Serviço de Urgências no Médio Tejo “manteve-se muito alta”, admite o CHMT. Neste primeiro semestre foram registados 78.574 episódios de urgência, distribuídos entre a Urgência Médico-Cirúrgica de Abrantes, as Urgências Básicas das Unidades de Tomar e Torres Novas, a Urgência Pediátrica em Torres Novas e a Urgência de Ginecologia-Obstetrícia, em Abrantes.
Os pediatras, afirma o CHMT, deram resposta “ao maior crescimento percentual da procura de cuidados de saúde da população no atendimento permanente”. Foram atendidos “18 mil episódios de urgência pediátrica, mais dois mil do que no primeiro semestre de 2022”, um valor que corresponde a um crescimento de 12 por cento.
Na urgência de Ginecologia-Obstetrícia, não obstante o fecho programado alternado aos fins de semana, que vigorou desde janeiro até ao final de maio, por deliberação da Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde, “registou-se uma inversão da tendência de queda dos partos nos últimos dois anos, estando neste momento a situação estacionária e o Bloco de Partos permanentemente aberto, sete dias por semana à população, desde dia 1 de junho”.
Nos internamentos hospitalares, “a capacidade foi igualmente reforçada – registaram-se mais 678 internamentos nos primeiros seis meses do ano, para um total de 8.690, um crescimento de 8%. Também a Hospitalização Domiciliária, que é um modelo alternativo de internamento, cresceu, e a dois dígitos – 23%”.
Nos meios complementares de diagnóstico, “a dimensão é sempre muito expressiva. Foram realizados mais de 1,5 milhões de exames à população pelo CHMT – mais 4% do que no período homólogo de 2022. O crescimento mais expressivo em termos percentuais dá-se na especialidade de Gastroenterologia (12%)”, acrescenta ainda o Centro Hospitalar.
O presidente do Conselho de Administração do CHMT, Casimiro Ramos, afirma saber “que as pessoas estão preocupadas com o Serviço Nacional de Saúde. O balanço que hoje apresentamos à população diz claramente que estamos empenhados em resolver os problemas de saúde dos nossos utentes, enquanto fazemos as reformas necessárias no SNS, para o tornar mais eficiente e atrativo, mas também mais humanizado e próximo dos cidadãos”.
Casimiro Ramos diz encarar com “transparência” as dificuldades: “Este verão, excecionalmente, o Serviço de Urgência de Pediatria do CHMT, em Torres Novas, vai estar encerrado quinzenalmente aos fins de semana, por dificuldade em garantir as escalas com as férias dos profissionais e contingências súbitas com dois médicos pediatras. O encerramento da urgência não era o que desejávamos, mas é uma alternativa que garante maior previsibilidade e segurança para os utentes”.
Todavia, o presidente do CA do CHMT realça: “Não posso deixar de assinalar e agradecer o esforço da equipa de profissionais da Pediatria do CHMT nos primeiros seis meses do ano, cujo esforço e nível assistencial foi notável, como mostra este balanço. Uma nota de grande reconhecimento também à equipa da Maternidade de Abrantes, cujo esforço permitiu que voltássemos a estar de portas reabertas sem contingência desde 1 de junho. A nossa aposta nas novas gerações e no futuro da região do Médio Tejo é total.”