Centro Hospitalar do Médio Tejo. Foto: mediotejo.net

O presidente do Conselho de Administração do CHMT, Casimiro Ramos, disse hoje ao mediotejo.net que o maior volume de investimentos será aplicado na expansão do espaço dedicado à Urgência Geral, remodelação da Consulta Externa, remodelação de Redes de Águas, reativação de um Bloco Operatório, requalificação das instalações dos Serviços Locais de Saúde Mental (PR), e expansão da Capacidade Laboratorial.

Casimiro Ramos afirmou que, na unidade de Abrantes, estão em execução a remodelação da consulta externa (1.845.000 de euros) e a remodelação das redes de águas (1,1 milhão de euros), e que vai avançar a requalificação da Urgência Geral (2.979.000 de euros), que se encontrava a aguardar pela aprovação do PAO pelos ministérios da Saúde e das Finanças. Para Abrantes está, ainda, prevista a criação de uma sala para cardiologia de intervenção (um milhão de euros).

Casimiro Ramos é o presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo (CHMT). Foto: mediotejo.net

ÁUDIO | CASIMIRO RAMOS, PRESIDENTE CA DO CHMT:

No caso de Tomar, afirmou estar em elaboração o projeto de execução para aumento da capacidade de internamento de adultos em psiquiatria e construção de instalações do serviço de pedopsiquiatria, obras de um milhão de euros já aprovadas no âmbito do Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).

O serviço de pedopsiquiatria irá ocupar uma área de 650 metros quadrados, com 12 salas de consulta, seis camas para internamento e salas de atividades, estando prevista a criação, para o Serviço de Psiquiatria, de uma horta, disse.

Os outros projetos previstos em orçamento para este ano são a expansão da capacidade laboratorial da Patologia Clínica (850.000 euros), em Tomar, onde o CHMT pretende instalar um Centro de Investigação, e a reativação do Bloco Operatório na unidade de Torres Novas (85.000 euros), acrescentou.

Casimiro Ramos afirmou que o quadro de pessoal do CHMT, aprovado pela tutela, prevê a contratação de mais 83 profissionais, 15 dos quais médicos e 19 enfermeiros. O CHMT tem hoje um quadro de pessoal com 2.411 trabalhadores.

O administrador do CHMT disse que, na estratégia para este ano, espera avançar com a criação de equipas que envolvam o ACES Médio Tejo, as Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e as autarquias, para diminuir a pressão sobre as Urgências.

O objetivo é sinalizar as situações que estão na origem de maior procura, nomeadamente de lares de idosos, sendo intenção estudar a possibilidade de estabelecer protocolos para a prestação de cuidados pré-hospitalares, com apoio de médicos do CHMT, de forma a reduzir a afluência de casos que não são urgentes.

Para os chamados casos sociais, o CHMT está a preparar um protocolo com a Santa Casa da Misericórdia do Entroncamento, para disponibilização de 10 camas para utentes sem família ou com famílias sem recursos.

Segundo Casimiro Ramos, o CHMT tem uma média de seis a sete casos sociais, alguns dos quais permanecem mais de um mês internados apenas por não terem para onde ir.

Centro Hospitalar do Médio Tejo. Foto: DR

Outro projeto é a criação de um CRI de Medicina Intensiva (Centro de responsabilidade Integrada). Os CRI são modelos organizacionais de gestão alternativos do SNS, dotados de autonomia funcional, e constituídos por equipas multidisciplinares de profissionais de saúde, que têm autonomia para potenciar a capacidade instalada preexistente, aumentando a acessibilidade dos utentes aos cuidados de saúde.

Plano de Atividades e Orçamento projeta investimentos entre 2023 e 2025

O documento, agora aprovado, “alinha a gestão económica e financeira do CHMT, alavancada por instrumentos financeiros como o Plano de Recuperação e Resiliência, mas também com o orçamento global da área da saúde, com as grandes prioridades do SNS, entre as quais a promoção da saúde e a recuperação da atividade ao nível hospitalar”, salienta Casimiro Ramos.

O PAO é elaborado numa ótica temporal de três anos – neste caso entre 2023 e 2025 –, no que diz respeito aos principais projetos de prestação de cuidados de saúde e de investimento financeiro. Assim, são elencados um conjunto de prioridades assistenciais, com enfoque particular nos recursos humanos, bem como um conjunto de investimentos estruturantes em infraestruturas e equipamentos que serão determinantes para a afirmação e melhoria dos indicadores de saúde do Médio Tejo.

O PAO do CHMT tem prevista uma aposta na diferenciação do Centro Hospitalar, visando o aumento da sua capacidade de atração e fixação de profissionais.

Outra das grandes apostas do CHMT, decorrentes da evolução demográfica da população servida e da realidade do próprio país, é o aumento da capacidade de internamento na especialidade de Ortogeriatria e no âmbito dos Cuidados Paliativos. A resposta nestas duas valências visa possibilitar ao CHMT o reforço da capacidade de resposta em áreas em que é expectável um aumento da procura por parte da comunidade.

No que concerne ao desígnio nacional do combate à obesidade, está inscrita também o aumento da capacidade cirúrgica bariátrica. Há ainda importantes aquisições de equipamentos previstos na área da Imagiologia, da Gastrenterologia e Oftalmologia. Importa também destacar o reforço da Hospitalização Domiciliária e a perspetiva de criação de Centros de Responsabilidade Integrados.

“A aposta na modernização de equipamentos e instalações e o aumento da diferenciação do CHMT são, resumidamente, o foco do CHMT para os próximos anos”, reforça o presidente do Conselho de Administração do CHMT, Casimiro Ramos.

“As particularidades muito próprias deste centro hospitalar tornam muito desafiante a gestão diária desta Instituição, mas a aprovação do PAO vem dotar a atuação do Conselho de Administração de maior autonomia e capacidade de decisão, o que é extremamente positivo”, concluiu.

Constituído pelas unidades hospitalares de Abrantes, Tomar e Torres Novas, separadas geograficamente entre si por cerca de 30 quilómetros, o CHMT funciona em regime de complementaridade de valências, abrangendo uma população na ordem dos 266 mil habitantes de 11 concelhos do Médio Tejo, a par da Golegã, da Lezíria do Tejo, também do distrito de Santarém, Vila de Rei, de Castelo Branco, e ainda dos municípios de Gavião e Ponte de Sor, ambos de Portalegre.

c/LUSA

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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