A central do Pego produziu energia elétrica a partir de queima de carvão pela última vez em 19 de novembro de 2021 e encerrou no dia 30 do mesmo mês. Foto: PAULO CUNHA/LUSA

Em comunicado, a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC) informou que o concurso é lançado no âmbito do Fundo para uma Transição Justa (FTJ), que “apoia a diversificação e dinamização económica” do Médio Tejo.

“O Fundo para a Transição Justa é uma oportunidade que o Médio Tejo e as empresas devem aproveitar para construir uma resposta efetiva ao encerramento da central termoelétrica do Pego, em Abrantes, contribuindo para mitigar os efeitos negativos na atividade económica, nas empresas e no emprego”, afirmou Isabel Damasceno, presidente da CCDRC, citada na nota.

O presidente da Câmara de Abrantes, Manuel Jorge Valamatos, disse ao mediotejo.net que esta é “uma excelente notícia”, pela atração de investimento e criação de emprego e de riqueza para o território.

ÁUDIO | MANUEL JORGE VALAMATOS, PRESIDENTE CM ABRANTES:

“Focado no apoio à diversificação da atividade económica no Médio Tejo, este concurso abre uma oportunidade para este território pelo facto de se dirigir a grandes empresas, que não são elegíveis nos apoios à inovação produtiva dos sistemas de incentivos às empresas. Da parte da Autoridade de Gestão do Programa Centro2030, está a ser feito tudo para ajudar o território a enfrentar mais este desafio”, indicou a CCDRC.

As grandes empresas – não abrangidas pelos apoios às pequenas e médias empresas – no território do Médio Tejo têm através deste concurso “a possibilidade de ter financiamento para atividades inovadoras e qualificadas, que contribuam para a sua progressão na cadeia de valor, com foco no reforço e expansão de novas indústrias e novos serviços tecnologicamente avançados”, explicou a nota da CCDRC.

Os apoios são “dirigidos à transição climática e energética: materiais, ‘tooling’ e tecnologias de produção, recursos naturais (incluindo a água, a floresta e o agroalimentar), bioeconomia e energia e clima”, detalhou.

De acordo com a CCDRC, o FTJ tem como objetivo permitir às regiões europeias “responder aos impactos sociais, económicos e ambientais da transição para as metas em matéria de energia e de clima da União Europeia para 2030 e para uma economia com impacto neutro no clima até 2050”.

“Metas com as quais Portugal está comprometido e que implicaram o fim da produção de eletricidade a partir do carvão”, salientou.

O Plano Territorial para a Transição Justa do Médio Tejo, que integra o Centro 2030, é o instrumento que operacionaliza uma resposta aos impactos negativos decorrentes do encerramento da central termoelétrica, “nomeadamente em termos de emprego e de dinamismo económico”.

c/LUSA

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Agência de Notícias de Portugal

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