Organizada pelo do Agrupamento 697 de Escuteiros do Rossio ao Sul do Tejo, a Escapadinha dos Mourões decorreu entre sexta-feira e domingo, de 19 a 21 de maio, no grande relvado do Hipódromo dos Mourões. O mote deste ano – “40 anos a escuteirar” – assinalou o quadragésimo aniversário do Agrupamento 697, num regresso muito aguardado, após dois anos de interregno devido à pandemia.
Destinado à participação de Lobitos e Exploradores, com idades entre os 6 e os 14 anos, foram 18 os agrupamentos provenientes de quase todo o país e que montaram as suas tenda, juntando seis centenas de escuteiros, junto à margem do rio Tejo.
Nesta que é já a 17ª edição da iniciativa, foram preparadas diversas atividades que animaram os participantes durante os três dias do evento. Houve ainda espaço para recordar e homenagear as quatro décadas de história do agrupamento rossiense, fundado em 1983.
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João Pombo é o chefe do Agrupamento 697 – Rossio ao Sul do Tejo e um seus fundadores. Ao mediotejo.net contou que um desafio do padre José da Costa, em 1983, esteve na origem da fundação do Agrupamento que celebrou, num momento de emoção e de alegria, “40 anos a escuteirar”.
Para o chefe, a Escapadinha dos Mourões é uma atividade que nasceu há 17 anos atrás, “vocacionada para a primeira e segunda secções”. Além de uma atividade escutista, João Pombo fala numa “festa e um encontro de amigos, que vêm de todas as regiões do país”.

Em 2023 foram 18 os agrupamentos que marcaram presença, no Hipódromo dos Mourões, tendo vindo de regiões como Aveiro, Guarda, Belmonte e Santarém. “Tivemos 605 elementos e com o staff de apoio foram 650 pessoas”, afirma o chefe do agrupamento rossiense.

Duas das chefes que marcaram a história do Agrupamento 697, já falecidas, Maria João Morgado e Alice Espadinha foram homenageadas, emprestando o seu nome ao acampamento das duas secções, quer dos Lobitos, quer dos Exploradores, respetivamente.
Para o chefe regional de Portalegre e Castelo Branco, José Gomes, trata-se de um “fim de semana de atividades e convívio” que culminou numa verdadeira festa, que decorreu durante toda a tarde de domingo.
“Esta é mais uma atividade que se enquadra no que chamamos a nossa oferta pedagógica para os nossos jovens. Nós temos um projeto pedagógico para os nosso jovens enquanto escuteiros e todas as atividades que são realizadas contribuem para esse enriquecimento e para esse crescimento, para transformarmos os nossos jovens em jovens adultos interventivos e presentes na sociedade, é esse o nosso grande objetivo”, sublinha o chefe regional.
Em cada edição do evento há um vasto leque de atividades planeadas. Algumas são já tradição na Escapadinha, mas todos os anos são introduzidas novas e nesta edição não foi exceção.
“Na base há sempre o Jogo de Vila e o Raid, mas depois temos atividades no kartódromo, nos cavalos e este ano introduzimos outra atividade, com o apoio da cinegética da GNR com os cães e vamos fazendo assim. Todos os anos há coisas diferentes, também para eles ganharem o gosto de vir a esta atividade”, revela João Pombo.
Questionado sobre o significado por trás deste animado acampamento de escuteiros, cuja primeira edição remonta a maio de 2003, o responsável fala numa “festa” onde se criam laços e perpetuam amizades.
“A Escapadinha para nós representa o reavivar de grandes amizades que fomos criando ao longo de 17 anos. Há elementos aqui que vêm desde a primeira edição e vão continuar a manter-se porque já disseram ‘contem connosco para os próximos anos’. É uma festa escutista, de criar laços de amizade e de partilhas”, sublinha o chefe do Agrupamento 697 do Rossio ao Sul do Tejo.
Num regresso muito aguardado, após dois anos de interregno devido à pandemia, a Escapadinha dos Mourões centrou o acampamento no grande relvado do Aquapolis Sul.
“O Rossio parou dois anos, não realizou esta atividade durante a pandemia. Agora foi quase o recomeçar desta atividade, já com alguma tradição na região e que, pelos vistos, correu da melhor forma possível”, afirmou José Gomes.

Para o responsável pela região de Portalegre e Castelo Branco, este foi também um momento de “teste” para o Agrupamento do Rossio ao Sul do Tejo, “para eles próprios perceberem de que forma é que, após pandemia se conseguem relacionar e interrelacionar para realizar esta atividade. Foi uma aposta ganha sem dúvida”, acrescentou.
Os 605 escuteiros, acompanhados por cerca de 50 dirigentes, passaram um fim de semana de grande animação, que culminou num momento de emoção e de despedida da XVII edição. Durante a tarde de domingo, houve ainda espaço para premiar aqueles que venceram algumas das provas preparadas, bem como as claques mais animadas e aqueles que de mais longe se deslocaram.

Após a cerimónia de encerramento da Escapadinha dos Mourões, o chefe regional falou sobre as habituais dificuldades com que a organização do evento se depara e que se prendem, na maioria, com questões de logística.
“Tal como o Agrupamento 697, a nível da região temos a mesma dificuldade com logística e apoios. Não são apoios financeiros, também fazem falta mas conseguimos ultrapassar, são apoios de quem nos ajude a confecionar as refeições, a fazer as compras, a ter espaços disponíveis, as casas de banho… esses tipos de apoios são as maiores dificuldades que temos na organização das atividades”, explicou José Gomes.
No entanto, a iniciativa decorreu de acordo com o esperado, tendo contado com um grande apoio a nível da alimentação e de garantia da saúde e do bem estar dos jovens participantes. O chefe da região de Portalegre e Castelo Branco não esquece o forte contributo da comissão de pais para que a realização da Escapadinha tenha sido possível.
“É muito importante o apoio dos pais, da comissão de pais que eles têm que, de facto, lhes dá um apoio muito grande. Também é importante que em termos de dirigentes e de agrupamento se consiga criar uma dinâmica que possibilite esta atividade”, afirma José Gomes.
A 18ª edição já se encontra em fase de preparação e apesar de manter o suspense, o chefe do Agrupamento 697 afirma que procurará manter-se a ideia de “reunião” e de “amizade” que é já sinónimo da Escapadinha dos Mourões.
“Para o ano vamos continuar a querer manter esta dinâmica, esta reunião de amigos no fundo. Queremos manter ainda um pouco do suspense daquilo que poderá ser para o ano, mas vamos caminhar no sentido de que a Escapadinha vai ser, como já é, um marco na nossa freguesia e na nossa cidade”, fez saber João Pombo.
O chefe regional aproveitou a ocasião para reafirmar o apoio da Região Portalegre – Castelo Branco na realização da atividade. “Estaremos cá para apoiar em tudo o que eles necessitarem para a realização da atividade, tal como este ano. Tudo o que nos foi solicitado, nós apoiámos e estaremos cá para apoiar com a nossa presença e com os meios que temos para que eles possam realizar”, concluiu José Gomes.
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Tudo bem, no entanto não teria sido despropositado referir o mentor que há 17 anos deu arranque a este evento anual organizado pelo 697 do CNE