A vereadora da CDU, Ana Filipa Rodrigues, estima em mais de 5 milhões os custos da requalificação do edifício do Convento do Carmo, em Torres Novas. O pedido de esclarecimento foi realizado durante a reunião camarária de 5 de janeiro, terça-feira, o qual não obteve uma resposta precisa do presidente da Câmara, Pedro Ferreira. “Eu estou a prever que o ano de 2016 será um ano de bombas atómicas”, terminou a vereadora.
Ana Filipa Rodrigues questionou o executivo sobre o montante das obras do Convento do Carmo e porque não estão ainda terminadas (a data inicial seria em 2013). Interpelou também Pedro Ferreira sobre o montante de indemnização a pagar ao Grupo Lena pelo Almonda Parque.
Pedro Ferreira referiu que não sabia que a questão ia ser colocada e que, por isso, não tinha o valor correto em mente, pelo que preferia não dizer. Quanto à indemnização, o Grupo Lena ainda não informou a autarquia quanto ao valor.
Ana Filipa Rodrigues referiria assim que, segundo as suas contas, a obra do Convento do Carmo já terá ultrapassado os 5 milhões de euros. Juntando este a outros casos no município, “eu estou a prever que o ano de 2016 será um ano de bombas atómicas”, sentenciou.
Pedro Ferreira ficou de trazer os valores exatos à próxima reunião do executivo (privada), salientando que a obra do Convento do Carmo teve várias fiscalizações e que é uma questão de tempo até o processo se resolver.
A questão do Convento do Carmo foi também levantada por Helena Pinto (Bloco de Esquerda), pedindo o contrato assinado com a Mais Centro para a requalificação do edifício. A autarca comentou que a maioria da população julga que o espaço se destinava a receber os novos Paços do Concelho e que sabe-se hoje que talvez não tenham esse destino. “É preciso ficar a saber qual era o objetivo da requalificação do Convento do Carmo”, sublinhou.