Carlos Cortes, diretor do Serviço de Patologia Clínica do Centro Hospitalar do Médio Tejo, é o novo Bastonário da Ordem dos Médicos. Foto: mediotejo.net

Carlos Cortes foi eleito bastonário da Ordem dos Médicos, com 11.176 votos, num ato eleitoral que contou com 19.312 votantes, informou aquela ordem profissional na quinta-feira, 16 de fevereiro. Eleito para o triénio 2023/2025, Carlos Cortes substitui no cargo o médico urologista Miguel Guimarães, que termina agora o segundo mandato.

“Juntos pela Saúde” foi o lema do candidato Carlos Cortes, especialista em Patologia Clínica, diretor do Serviço de Patologia Clínica no Centro Hospitalar do Médio Tejo, e presidente da Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos, no anterior mandato, que se propõe a liderar uma ordem “autónoma, independente e sempre interventiva, que não seja complacente ou submissa” e garante que será um bastonário “aglutinador e de proximidade”.

Na declaração que escreveu na sua página de campanha, Carlos Cortes deixou uma palavra de apreço aos cinco candidatos a bastonário e agradeceu “a todos os médicos que expressaram o seu voto, num verdadeiro ato democrático e plural, bem como a todos os que se envolveram, como candidatos neste processo eleitoral” da Ordem do Médicos, deixando a garantia que “é aos médicos e aos doentes a quem me dedico e dedicarei nos próximos anos”.

Considerando ser este um “momento difícil” garantiu exigir que “o papel central dos médicos no sistema de Saúde seja reconhecido e valorizado, sem exceções. Serei um bastonário de intervenção no setor, nomeadamente no Serviço Nacional de Saúde. Serei a voz de todos os médicos pela dignificação da profissão, pela melhoria das suas condições de trabalho, pela valorização e segurança do Ato Médico e pela qualidade da prestação dos cuidados de saúde em Portugal”.

Assegurou também intransigência “com quaisquer ingerências externas na nossa Ordem e ameaças à nossa independência. Uma Ordem forte é a força dos médicos”, considerou.

Assumiu-se ainda como um “bastonário de proximidade, de todos os médicos, sem exceção, dos setores público, privado e social. Estarei no terreno, junto dos médicos, para os ouvir e envolver. E continuarei a aprofundar a modernização da Ordem, para que seja uma instituição mais ágil e próxima dos médicos”.

Carlos Cortes foi eleito bastonário da Ordem dos Médicos. Créditos: Candidatura “Juntos pela Saúde”

O presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Médio Tejo não escondeu a satisfação pela eleição de Carlos Cortes, um dos especialistas do CHMT que esteve em destaque em termos de investigação e combate à pandemia de covid-19, dirigindo o Serviço de Patologia Clínica do CHMT.

“Para nós é um orgulho, uma felicidade, porque, do nosso ponto de vista, o país vai ter alguém com uma dedicação, com uma competência, com uma serenidade, com um bom senso que eu acho que a saúde necessita, da parte da Ordem dos Médicos”, disse hoje ao mediotejo.net Casimiro Ramos, à margem da reabertura da Unidade de Cuidados Intensivos de Cardiologia, em Abrantes.

O gestor, que ainda não sabe se vai poder continuar com o trabalho de Carlos Cortes no CHMT, acumulando funções, revelou a mensagem que lhe enviou assim que soube da sua eleição para o cargo: “Parabéns Doutor, eu sabia que a missão ia ser cumprida”, contou.

ÁUDIO | CASIMIRO RAMOS, PRESIDENTE CA CHMT

O adversário de Carlos Cortes nesta segunda fase eleitoral, que terminou na quinta-feira, era Rui Nunes, que obteve 6.867 votos. O bastonário eleito tomará posse em data a anunciar até 30 dias depois da publicação dos resultados definitivos.

Além de Rui Nunes e Carlos Cortes, concorreram na primeira volta ao cargo de bastonário para o triénio 2023/2025 Alexandre Valentim Lourenço, Bruno Maia, Fausto Pinto e Jaime Branco.

*C/Lusa

LEIA TAMBÉM

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *