Calor motiva alerta para cuidados a prestar às pessoas em risco. Foto: DR

Os serviços de saúde pública do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) do Médio Tejo lançaram um aviso à população para os cuidados a ter com os grupos mais vulneráveis, tendo em conta que o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê uma subida das temperaturas, ao longo destes dias, especialmente da máxima, podendo esta atingir valores acima dos 40ºC na área geográfica do Médio Tejo.

O alerta está a ser difundido pelas autoridades de saúde com a finalidade de chamar a atenção dos familiares de crianças e cuidadores de pessoas idosas portadoras de doença crónica para as medidas de prevenção de complicações dessas doenças, frequentes em períodos de calor excessivo, associadas a processos de desidratação.

Assim, aconselha-se que seja dispensada a maior atenção aos idosos com doenças crónicas, em especial aos acamados, sendo importante a sua permanência em locais frescos nas horas de maior calor e a ingestão frequente de líquidos (em especial de água), dado que existe o perigo destes doentes não referirem ou sentirem sede, mesmo que estejam a ficar desidratados.

No comunicado pode ainda ler-se que “os cuidados prestados por familiares e cuidadores das pessoas idosas é o processo mais eficaz no combate aos perigos para a saúde resultantes do excesso de calor”.

A Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde do Médio Tejo alerta ainda que é necessário não esquecer que as pessoas mais suscetíveis (os idosos que padecem de doença crónica e as crianças) devem ser afastadas do calor, permanecendo em lugares frescos durante o período mais crítico (entre as 11h00 e as 17h00) e termos presente a importância de lhes assegurarmos um consumo adequado de líquidos, para evitar a desidratação. Entrar em contacto com os familiares idosos, várias vezes por dia, para saber o seu estado de saúde é uma das medidas que as autoridades de saúde recomendam.

Dado que os dias de maior calor se deverão estender para os próximos dias, o ACES relembra a importância da utilização de cremes protetores sempre que há exposição solar e evitar frequentar a praia entre as 11h00 e as 17h00.

Proteção Civil avisa população para aumento do risco de incêndio devido ao calor

A Autoridade Nacional de Emergência a Proteção Civil (ANEPC) reiterou hoje o aviso à população para o agravamento do risco de incêndios rurais nos próximos dias, face à previsão do aumento das temperaturas e à fraca humidade.

A ANEPC, com base em informação do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), emitiu hoje um comunicado no qual alerta para a subida da temperatura máxima, progredindo de Sul para Norte, atingindo em alguns locais valores acima dos 40 graus Celsius (40ºC) e vento até 30 quilómetros/hora (km/h) do quadrante Norte, com rajadas até 60 km/h na faixa costeira ocidental a sul do Cabo da Roca.

Quanto à humidade relativa inferior, as previsões apontam para que seja de 30% em todo o território, sem recuperação noturna.

Face a este cenário meteorológico existe “perigo de Incêndio Rural ‘Muito Elevado’ a ‘Máximo’ em todo o território continental, agravando-se no litoral Norte e Centro nos próximos dias”, sublinha a Proteção Civil.

A ANEPC alerta para a o “agravamento da velocidade de propagação inicial dos incêndios devido ao aumento da intensidade do vento e consequentemente aumento da dificuldade das ações de supressão”, num “quadro meteorológico que aumenta também a probabilidade de ignições, o que se traduz num potencial aumento do número de ocorrências de incêndios rurais”.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) colocou hoje em aviso vermelho o distrito de Lisboa entre as 10:00 e as 18:00 de domingo devido ao calor, prevendo-se temperaturas entre 39 e 41 graus celsius.

Segundo o IPMA, no domingo e na segunda-feira, as temperaturas na cidade de Lisboa podem atingir valores entre 39 e 41 graus, enquanto a temperatura mínima irá variar entre 20 e 22 graus.

Entretanto, O IPMA também já colocou doze distritos de Portugal continental em ‘Aviso Laranja’ no fim devido ao calor.

Segundo o IPMA, entre domingo e quarta-feira, a temperatura máxima deverá variar entre 35 e 40 graus na maior parte do território.

Assim, os distritos de Faro e Lisboa vão estar em ‘Aviso Laranja’ entre as 00:00 de sábado e as 10:00 de domingo, Setúbal entre as 00:00 de hoje e as 18:00 de segunda-feira, assim como os distritos de Évora, Santarém, Leiria, Beja, Castelo Branco e Portalegre entre as 12:00 de domingo e as 18:00 de segunda-feira.

Guarda e Coimbra estão também sob ‘Aviso Laranja’, mas entre as 12:00 e as 18:00 de segunda-feira.

O ‘Aviso Laranja’ é emitido pelo IPMA quando existe uma situação meteorológica de risco moderado a elevado.

A ANEPC recorda que a lei proíbe as queimadas extensivas sem autorização prévia, bem como que nos dias de risco de incêndio ‘Muito Elevado’ e ‘Maximo’ é também proibida a queima de amontoados e utilizar o fogo para a confeção de alimentos em todo o espaço rural, salvo se usados fora das zonas críticas e nos locais devidamente autorizados para o efeito.

É igualmente proibido fumigar ou desinfestar em apiários exceto se os fumigadores tiverem dispositivos de retenção de faúlhas, assim como usar motorroçadoras, corta-matos e destroçadores. Evite o uso de grades de discos.

A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil “recomenda a adequação dos comportamentos e atitudes face à situação de perigo de incêndio rural, nomeadamente a adoção das necessárias medidas de prevenção e precaução, de acordo com a legislação em vigor, e tendo especial atenção à evolução do perigo de incêndio neste período”.

Devido ao aumento das temperaturas, a ANEPC reforça a importância de a população aumentar a ingestão de água, pelo menos 1,5 litros/dia (o equivalente a oito copos), aplicar protetor solar com fator superior a 30, a cada duas horas, usar chapéu e roupas claras, largas e frescas, optar por refeições leves e frescas e refrescar-se com água ao longo do dia.

c/LUSA

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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