O Bloco de Esquerda (BE) questionou hoje o Governo, através do ministro do Ambiente, sobre o seu conhecimento sobre os alertas feitos por inspetores para falhas de segurança na central nuclear espanhola de Almaraz, em Cáceres.

No documento, os deputados Pedro Soares, Carlos Matias e Jorge Costa lembram que a central de Almaraz está a “cerca de 100 quilómetros da fronteira portuguesa” e referem ter tido conhecimento que “os inspetores do Conselho de Segurança Nuclear (CSN) espanhol assinalam numa nota não haver garantias suficientes para que haja uma expectativa razoável de que o sistema de refrigeração da central, básico para impedir acidentes, possa atuar em caso de necessidade”.

Os deputados do BE lembram que “em setembro de 2015 e agora em 2016 houve problemas com as bombas de arrefecimento na central nuclear, que aparentemente não foram bem resolvidos”, tendo feito notar que “a água utilizada para arrefecer os reatores desta central nuclear é proveniente do rio Tejo, o que põe diretamente em risco este curso de água internacional”.

Os bloquistas, na pergunta dirigida ao ministro do Ambiente, querem saber se o ministério “tem conhecimento desta situação, como irá o Governo proceder de modo a garantir a segurança da população portuguesa face a esta potencial ameaça, e se prevê o Governo intervir junto das autoridades espanholas no sentido de esclarecer esta situação”.

Por fim, os deputados perguntam ainda se o Governo “coloca a possibilidade de solicitar, por razões de segurança e ambientais, nomeadamente relacionadas com o rio Tejo, o encerramento da central nuclear de Almaraz – a mais antiga em funcionamento em Espanha – e que já terá passado o prazo recomendado de vida”.

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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