A apresentação dos candidatos da coligação "Livres para Mudar, Unidos para Vencer" na Casa Memória Camões em Constância.

Marco Gomes vai ser o candidato da coligação CDS-PP/PSD à presidência da Câmara Municipal de Constância. Num concelho envelhecido, o candidato diz não ser “um drama” e que importa olhar para os idosos como uma solução.

Marco Gomes, cabeça de lista da candidatura da coligação CDS-PP/PSD “Livres para mudar, Unidos para vencer” à Câmara Municipal, prometeu, esta sexta-feira, na Casa Memória Camões, construir uma Constância mais segura e melhor quer no seu planeamento quer no ordenamento. E transformar o concelho num local “com qualidade de vida” para novos e velhos, com um apoio mais efetivo junto dos idosos.

Perante uma plateia com cerca de 35 pessoas, o candidato apresentou-se, assim, com o objetivo de inaugurar um ciclo que vise investir mais no futuro “para que as novas gerações possam viver e trabalhar” em Constância. A esse propósito referiu a não existência de “habitações disponíveis a baixo preço” que fixe jovens no concelho.

A coligação quer também privilegiar o ambiente, os “recursos naturais existentes na região” valorizados e com isso “favorecer o investimento” manifestando vontade de ser a Câmara Municipal o “parceiro mais importante dos empresários” no concelho.

A prioridade vai para as pessoas. “Temos de potenciar o território de forma a combater o desemprego e a educação é uma prioridade. Que a nossa escola posso preparar melhor os nossos jovens” capazes de pensar nas empresas do concelho e no empreendedorismo promovendo a riqueza.

O turismo é olhado pela candidatura do CDS-PP/PSD como “uma mais valia de Constância” propondo-se “ampliar o contributo para essa riqueza, garantindo o acompanhamento às pessoas que apossam visitar”, refere Marco Gomes.

Criticou a gestão comunista que já dura há 30 anos, nomeadamente as obras “sem capacidade de se auto manter e que levam o concelho a ficar cada vez mais endividado e empobrecido nas possibilidades de investimento”.

A mobilidade é outra das preocupações da candidatura “Livres para Mudar, Unidos para Vencer”. Marco Gomes assegura não haver no momento “solução para quem quer ir trabalhar e não tem transporte próprio”. O candidato garantiu ter essa solução sem no entanto explicar a mesma.

O candidato descreveu uma nova visão para a saúde “talvez revolucionária”, que, conforme disse, destaca “o programa saúde em casa” como uma aposta num serviço de proximidade e “nas unidades móveis de intervenção bem como nas unidades móveis de emergência médica”. Admitindo que esta é uma responsabilidade do INEM diz não deixar de ser “uma responsabilidade do presidente da Câmara Municipal” quem tem de garantir a salvaguarda das pessoas e dos bens do concelho assumindo, por isso, o compromisso de apoio.

Na cultura, o cabeça-de-lista à Câmara quer colocar Constância no mapa “de Portugal, da Europa e do Mundo” porque a vila poema tem essa potencialidade, com Camões e a língua portuguesa.

O atual 2º comandante dos Bombeiros Voluntários de Constância, de 45 anos, justificou a sua candidatura com a sua “experiência de vida” considerando-se nessa medida uma “mais valia” para o concelho. E finalizou dizendo que pouco importa “o que foram 30 anos de gestão CDU, mas sim o que aí vem, o futuro e a visão” que a coligação tem para o concelho de Constância.

Adelino Gomes, Mandatário de Campanha da coligação CDS-PP/PSD por Constância (à direita)

E “roubar a maioria à CDU” é a ambição desta candidatura. As palavras foram de Adelino Gomes o Mandatário de Campanha da coligação. “É importante ter consciência do estado das coisas” disse durante a sua intervenção, propondo que a aliança CDS-PP/PSD por Constância “vença o marasmo, a mentira, a corrupção e o medo de represálias”. Uma “mudança assente em projetos participativos”.

João Moura lembrou que “os dois partidos tem-se entendido à frente dos destinos do País. Entendem-se a bem daquilo que é o bem comum”. Em Constância “não será diferente” numa coligação “não falaciosa como é a geringonça à frente do Governo nacional”. O vice-presidente da Distrital de Santarém do PSD sublinhou a razão da união: “a ambição de vencer pelo bem da população”.

Para tal, o responsável do PSD sugeriu o “porta a porta durante a campanha eleitoral” num concelho com quatro mil habitantes, “fazendo o trabalho de denúncia daquilo que está mal”.

No mesmo sentido foi a intervenção da deputada centrista Patrícia Fonseca que acredita numa candidatura “com todas as condições para crescer” em Constância, elogiando o candidato “que conhece o concelho como poucos”. A eleita pelo círculo de Santarém aproveitou o momento para avaliar o Governo central, criticando a “aliança de esquerda” considerando-a “sem rumo” por serem partidos “sem linhas comuns, tendo todos os dias de gerir conflitos”.

Por seu lado, o social democrata António Lourenço dos Santos, cabeça-de-lista à Assembleia Municipal, disse que “o sistema político está a dar sinais de desgaste” também a nível local. “Isto não é uma câmara é uma repartição”, afirmou. Para António Lourenço a Câmara Municipal “não é para gerir o dia a dia, para isso existem os serviços. É para criar futuro”. E nesse sentido a sua administração deve ser realizada por “políticos com visão”.

Já a Assembleia Municipal, além de ser “aquele organismo um bocadinho cinzento que reúne quatro vezes por ano, tem de ter um novo papel, mais interventivo, no desenho do futuro do concelho”. Para o candidato é necessário que seja “um centro de debate, de discussão, de reflexão e de análise dos problemas” numa nova postura do que deve ser a Assembleia Municipal.

Foram ainda apresentados os candidatos às freguesias de Constância e Santa Margarida da Coutada, com Victor Pereira e António Louro na liderança, respetivamente.

A Câmara Municipal de Constância é gerida pela CDU, que venceu as autárquicas de 2013 com 45,57% dos votos (1.080 votos), a que corresponderam três eleitos, detendo o PS dois vereadores (37,97%), decorrentes dos 900 votos obtidos.

Adelino Gomes foi quem concorreu em 2013 pela coligação CDS-MPT, tendo obtido 8,86% dos votos. O PSD somou 3,38% dos votos do total dos 2370 votantes.

Paula Mourato

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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