Rui Mesquita, o cabeça-de-lista pelo PSD à Câmara Municipal de Abrantes

Rui Mesquita reforçou, este domingo, os compromissos da sua candidatura pelo PSD à liderança da Câmara Municipal de Abrantes. Num almoço convívio onde estiveram presentes cerca de 220 militantes e simpatizantes apresentou todos os candidatos do concelho às eleições autárquicas de 1 de Outubro e deixou uma promessa: maior investimento nas freguesias. “Estar junto das pessoas para sentir as suas necessidades” é uma prioridade.

“Abrantes é um concelho. São treze freguesias e devem ser tratadas todas por igual sem discrepâncias nem favoritismos, com imparcialidade”, disse o candidato do Partido Social Democrata à Câmara Municipal durante o almoço de apresentação de todos os candidatos ao concelho, em Abrantes.

Rui Mesquita sublinhou que as freguesias rurais “não podem nem devem ser descuradas”. O cabeça-de-lista à Câmara Municipal da candidatura ‘Abrantes Viva!’ assumiu o compromisso de privilegiar encontros diários com os autarcas “em cada aldeia, povoação ou lugar” para se inteirar das reais necessidades das populações. “Não sou eu que naquele feudalismo pseudodemocrático com laivos de socialismo popular sentado no meu gabinete penso no que a população quer”, refere.

O compromisso tomado aquando da apresentação da sua candidatura foi recordado pelo político ao garantir que “não haverá investimentos megalómanos, superiores a dois milhões de euros na cidade enquanto não houver saneamento básico em todo o concelho”. E identificou algumas zonas: “alta da Amoreira, alta de Água Travessa, Vale Zebrinho e uma boa parte de Mouriscas”. Quanto ao projecto social-democrata para a cidade, Mesquita promete que o PSD não vai seguir “uma agenda sem investimento público”.

Rui Mesquita e os candidatos do PSD à vereação

O candidato do PSD está confiante num bom resultado em Abrantes, mas reconhece que o trabalho “não se faz com o esforço de uma só pessoa“. Por isso, prometeu no plural: “comigo, connosco, haverá sempre uma repartição justa e equitativa de todos os fundos que nos sejam atribuídos” e destacou, relativamente ao combate aos incêndios a aquisição de “mais duas máquinas de rasto” considerando “manifestamente insuficiente” o concelho possuir uma, para 720 km2 de área.

Rui Mesquita anunciou que quer “voltar a por Abrantes no mapa do desporto motorizado” nacional e internacional. E igualmente prometeu reflorir a cidade. “Voltar de fazer de Abrantes em Portugal e no mundo a cidade florida”.

Advertindo não gostar de discursos escritos mas sim de improvisos, sem olhar para o papel Rui Mesquita não poupou Maria do Céu Albuquerque no âmbito do AbrantesINVEST, programa lançado no final do ano passado que até ao momento firmou, de acordo com o candidato, “duas parcerias no valor de 700 mil euros com a criação de dois postos de trabalho. Incrível!”.

O social democrata criticou ainda as opções do actual executivo socialista abrantino nomeadamente as que envolvem “esculturas” do escultor João Charters de Almeida e criação do Museu de Arte Contemporânea Charters de Almeida em Abrantes. “Aprecio a sua obra mas não sendo uma pessoa influente da cidade de Abrantes não sei porque é que tudo em termos de ferro ferrugento tem de ser entregue a Charters de Almeida. Temos alguns bons arquitectos naturais de Abrantes”.

Almoço convívio da candidatura do PSD “Abrantes Viva!” para apresentação de todos os candidatos às eleições autárquicas

No mesmo sentido foi o discurso de Rui Baptista dos Santos, candidato à vereação, que sublinhou a urgência na mudança de “maus hábitos instalados” sendo para tal necessária “coragem”. Destacou o desenvolvimento social e económico como portador de maior “bem estar” para as populações, sendo fundamental “respostas adequadas aos munícipes”. O dirigente apontou o dedo ao actual Executivo camarário que “sobrepõe a freguesia urbana a todas as freguesias” contribuindo deste modo para a “desertificação” das mesmas.

No “município há muita conversa e propaganda a mais”, considerou. Mas “há mudanças a menos, investimento a menos, sensibilidade social a menos” e ainda reduzida “visão estratégica”, que contribui para que as “12 freguesias não urbanas estejam num grave impasse”.

Apresentação dos candidatos do PSD às freguesias do concelho de Abrantes

Rui Baptista dos Santos – que apresentou os 11 candidatos às freguesias de Bemposta, Fontes, Martinchel, Mouriscas, Rio de Moinhos, Tramagal, União de Abrantes e Alferrarede, União de Aldeia do Mato e Souto, União de Alvega e Concavada, União de São Facundo e Vale das Mós e União de São Miguel do Rio Torto e Rossio ao Sul do Tejo – manifestou-se convicto na coragem dos candidatos.

Por seu lado, José Marçal, mandatário da candidatura “Abrantes Viva!” afirmou que “Abrantes não é uma região africana” sendo preciso “criar empregabilidade, ter um município com habitantes, de onde os nossos filhos não partam”.

João Fernandes acompanhado dos candidatos do PSD à Assembleia Municipal de Abrantes

João Fernandes, cabeça-de-lista à Assembleia Municipal também visou o Partido Socialista que segundo disse “não aprende com os erros”. Na lista do PSD estão “as pessoas que compõem o projecto alternativo que o município de Abrantes necessita” Enquanto eram apresentados os candidatos à Assembleia Municipal de Abrantes – como Fernando Teimão, Fernanda Aparício, Horácio Galrinho, João Biouca, Paula Monteiro Pereira e Sónia Lizardo – João Fernandes avançava que o programa eleitoral da candidatura ‘Abrantes Viva!’ será divulgado em breve.

Os deputados do PSD Duarte Marques e Carlos Abreu Amorim

“Sei que ninguém é profeta na sua terra”. O vice-presidente do grupo parlamentar do PSD, Carlos Abreu Amorim, não poupou elogios aos candidatos sociais democratas por Abrantes bem como a Duarte Marques, eleito pelo círculo de Santarém, considerando-o “um dos deputados mais inteligentes do Parlamento”. Mas, tal como o candidato Rui Mesquita, não esqueceu o Executivo, nem o camarário nem o nacional. Nas críticas, naturalmente. No discurso visou a socialista Maria do Céu Albuquerque, mas também o Governo central, distanciando-o do ex-primeiro-ministro António Guterres.

O deputado disse que em Abrantes tal como em Portugal “vivemos um espartilho democrático. Há um verdadeiro ilusionismo na política portuguesa com muitos artistas que nos tentam fazer crer que as coisas não são aquilo que foram e aquilo que hoje são”. Mas os sociais democratas “não vão admitir” que os silenciem, e vão continuar a dizer o que pensam “quer no País quer em Abrantes”.

Numa entusiasta manifestação de apoio à candidatura “Abrantes Viva!” declarou que “não é bom representante das suas populações aquele autarca que defende o Governo central mesmo contra os interesses do seu concelho ou da sua freguesia” e que, portanto, a candidatura de Rui Mesquita é “de mudança”.

“Aquilo que mais me espanta quando visito Abrantes é ter o Tejo tão bonito e tão mal aproveitado” confessou o deputado, sugerindo para o maior rio português a mesma oportunidade turística que fez do Douro “o principal veículo de turismo de Portugal”.

Durante o almoço convívio foi ainda apresentado o hino da candidatura ‘Abrantes Viva!’ cantado pelo grupo Arre Gaita de Vila Nova da Barquinha responsável pela composição musical. A letra é da autoria de Elisa Fernandes.

Paula Mourato

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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