O PSD apresentou, sob o lema “É Tempo de Tomar”, os candidatos à Câmara Municipal, Assembleia Municipal e às 11 Assembleias de Freguesia do concelho, numa sessão no auditório da Escola Jácome Ratton e com transmissão em direto nas redes sociais. O PSD conta com José Perfeito, antigo vereador da autarquia, como mandatário da campanha. Lurdes Ferromau Fernandes, cabeça de lista à Câmara Municipal, afirmou que o projeto social democrata é “clara alternativa à governação socialista que tem deixado o nosso concelho à deriva ao longo dos últimos anos”, frisando que “Tomar não aguenta mais 4 anos de estagnação” com o PS ao comando do município.
Lurdes Ferromau Fernandes, candidata à Câmara Municipal, não se poupou a críticas à gestão socialista que tem estado à frente dos destinos da autarquia tomarense desde 2013, e apresentou a equipa que a acompanha juntamente com os eixos estratégicos do projeto social democrata para as eleições autárquicas de 26 de setembro e que quer pôr em prática nos próximos 4 anos.
ÁUDIO | Lurdes Ferromau Fernandes, candidata à CM Tomar pelo PSD
A atual presidente da Junta de freguesia de São Pedro e presidente da Comissão Política Concelhia do PSD de Tomar, criticou a governação PS, “uma governação que mais parece uma gestão corrente, sem uma estratégia de fundo para o nosso concelho. Um caminho que dizem ser o certo, mas que nem os próprios parecem saber bem que caminho é esse.
Os últimos 8 anos resumem-se a promessas por cumprir e a medidas avulsas, em cima
do joelho e, muitas vezes, mal executadas. Este ano, como em 2017, voltamos a ter um ano de eleições autárquicas repleto de intenções, de anúncios e de promessas”.
Para o PSD a demografia assume-se como “tema central do projeto para o Município”, pois considera “urgente estancar o declínio populacional”, uma vez que “nos últimos 10 anos perdemos mais de 4000 habitantes. Temos hoje um maior desequilíbrio geracional: para cada jovem, temos 3 idosos. Nasce menos 1/3 das crianças tomarenses que nasciam há 10 anos atrás”, e pelo caminho, “o concelho perdeu mais de 200 empresas na última década”.
As prioridades estratégicas são focadas no Investimento, Habitação e Território, estando a estratégia virada para a “procura e atração de investimento, que gera riqueza e emprego qualificado”, não descurando o turismo como “importante motor da economia local”, mas que necessita de um plano para “atingir o verdadeiro potencial turístico de Tomar”, cientes da vulnerabilidade do setor, situação comprovada pela pandemia de covid-19 e que por isso considera o PSD que devem existir “setores complementares para o investimento empresarial no concelho na áreas das Tecnologias da Informação e da Agricultura e Florestas”.

“Tomar tem todas as condições para se afirmar como o centro tecnológico do Médio Tejo, dando continuidade ao caminho iniciado pelo PSD em 2013 quando, na governação do município, foi possível a criação de um Centro de Inovação da SoftInsa que hoje dá emprego a centenas de pessoas. É urgente dar continuidade a esse trabalho, sob pena de sermos ultrapassados por outros concelhos que também procuram crescer nessa área”, defende Lurdes Ferromau, a par da criação de uma incubadora de empresas que diz ser “inadiável” por ser Tomar dos poucos concelhos que não têm infraestrutura para acolher empreendedores e startups.
Quanto ao setor da agricultura e a floresta, trata-se de “uma oportunidade”, ada a “enorme qualidade” do que é produzido no concelho, desde o vinho, o mel, o azeite, a carne e outros. “Devemos procurar a diferenciação neste setor e promover o que de bom se produz no nosso concelho”, entende.
Quanto à habitação, pretende o PSD atuar na criação de respostas, com “criação de residências para estudantes, habitação social e habitação acessíveis para jovens que
querem constituir a sua família”.
Desta que ainda para a estratégia de atrair de volta quem saiu de Tomar, tendo por base o regime de teletrabalho e os espaços de coworking. “Estamos a preparar um conjunto de medidas das quais destacamos: aumento da oferta de habitação para estudantes; Programas Municipais de Reabilitação Urbana; Gabinete de Apoio ao Regresso; Centros de Coworking; Programas de Acolhimento com Associações”, enumera.
Por fim, pretende o PSD criar um Plano Estratégico para Tomar, “capaz de definir um curso de ação para as próximas décadas, em vez das medidas avulsas e incoerentes dos socialistas”, defendendo que “o investimento municipal tem de ser canalizado para encontrar respostas para a Feira de Santa Iria e outros eventos de grande dimensão, o Convento de Santa Iria, o Palácio Alvim, para o parqueamento na cidade, para as instalações sanitárias públicas, o parque de campismo e a zona industrial que deve ser encarada de forma séria no apoio às empresas instaladas”.
Lurdes Ferromau candidata-se à Câmara Municipal acompanhada de Tiago Carrão, Luís Francisco, Ana Palmeiro Calado, Carla Vieira, Ricardo Mendes, Cristina Gonçalves, Luís Honório, Sandra Mata e Lurdes Gameiro.

Já o advogado João Tenreiro é candidato à Assembleia Municipal de Tomar, após 8 anos de trabalho enquanto vereador na Câmara e deputado na Assembleia Municipal de Tomar. Refere que o seu “combate” vai ser “pela qualidade da democracia em Tomar”.
“Aquilo que nos une é Tomar, o seu território e a sua gente, estamos aqui hoje presentes, porque acreditamos que é possível construir um futuro melhor”, afirma o candidato à AM.
ÁUDIO | João Tenreiro, candidato à Assembleia Municipal de Tomar
João Tenreiro também foi muito incisivo nas críticas tecidas à atual mesa de Assembleia Municipal e gestão do Município pelo PS.
“Sabem que a Câmara Municipal, não executa muitas das deliberações aprovadas na Assembleia Municipal? E mais, é o Partido Socialista que tem a maioria dos membros.
Sabem que as comissões temáticas da Assembleia Municipal raramente reúnem? É verdade, e é o Partido Socialista que tem a maioria dos membros. Sabem que praticamente só as oposições, em especial o PSD, que emitem opinião e participam ativamente nos debates da Assembleia Municipal? E é o Partido Socialista que tem a maioria dos membros.
E, finalmente, vocês sabiam que apesar de haver em Tomar uma maioria socialista na Assembleia Municipal, a Câmara – que também é socialista – não tem qualquer interesse
que a Assembleia Municipal funcione?”, questionou, em tom crítico.
João Tenreiro considera que as atuais sessões e reuniões “não são participativas; não promovem o debate; a câmara não dá condições para os deputados cumprirem dignamente as suas funções”, e que por esse motivo “não há sessões temáticas, nem há campanhas para chamar o público. É por isso que não há sessões descentralizadas pelas diversas freguesias, indo ao encontro de todo o concelho”.
“Não há qualquer esforço, qualquer trabalho, qualquer iniciativa para levar a assembleia aos jovens e interagir com as escolas”, acusa.

O PSD, por sua vez, que “mais participação cívica” e “envolver todos na discussão do futuro da nossa terra” bem como “uma Assembleia participada e dinâmica” sendo “a casa da democracia em Tomar” e por isso “temos de a defender e promover. Temos de dar qualidade aos debates que aí acontecem. Temos de atrair os tomarenses. Os de todas as idades, de todas as profissões, de todas as freguesias”.
João Tenreiro refere que é necessária uma Assembleia Municipal “que não reúna apenas quando a lei obriga, mas que seja proativa e dê voz ao cidadão”.
Se ganhar as eleições, João Tenreiro compromete-se enquanto “um presidente a sério e não um mero colaboracionista, que não fiscalize efetivamente a atividade do órgão executivo e da gestão do nosso concelho”.
A acompanhar o cabeça de lista João Tenreiro à Assembleia Municipal, está Célia Bonet, atualmente vereadora eleita pelo PSD na Câmara Municipal de Tomar, dirigente da Cáritas de Tomar e do CIRE, e António Lourenço dos Santos, empresário tomarense e ex-secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros do governo de Durão Barro, tendo feito parte do movimento “Todos por Tomar”.
A lista compõe-se com Ricardo Carlos, Graciete Honrado, Pedro Pereira, David Cascaes, Fátima Jacinto, Miguel Rodrigues e Manuel Carlos.

Na sessão de apresentação discursou ainda o mandatário da campanha, o ex-autarca José Perfeito, e foram apresentados os cabeças de lista às onze Assembleias de Freguesia tomarenses.
Os candidatos a presidente das Juntas de Freguesia são: Jorge Graça (Além da Ribeira e Pedreira), José Constantino (Asseiceira), Susana Henriques (Carregueiros), João Alves (Casais e Alviobeira), Carlos Rafael Pereira (Madalena e Beselga), Rui Lopes (Olalhas), Ana Marília Elias (Paialvo), António Vicente (S. Pedro de Tomar), Susana Alves (Sabacheira), Fernando Pereira (Serra e Junceira) e Alexandre Horta (S. João Baptista e Sta. Maria dos Olivais).
Na iniciativa estiveram igualmente presentes João Moura, presidente da Distrital de Santarém do PSD, e Isaura Morais, vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD, com ambos a tecerem elogios à candidatura liderada por Lurdes Ferromau Fernandes e enaltecendo as suas competências e caraterísticas enquanto autarca.
ÁUDIO | João Moura, presidente da Comissão Política Distrital do PSD de Santarém
Já Isaura Morais, que fez um percurso autárquico similar ao de Lurdes Ferromau Fernandes, reconheceu que “a proximidade se reveste de enorme
importância no exercício de cargos autárquicos” e “que a Lurdes, pela experiência que
tem, está preparada para poder assumir os destinos da autarquia de Tomar”.
ÁUDIO | Isaura Morais, vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD,
O PSD de Tomar prepara agora um ciclo de apresentações nas freguesias, dando a conhecer as equipas candidatas às 11 Assembleias de Freguesia. O périplo inicia dia 23 de julho em Além da Ribeira e Pedreira, com emissão em direto nas das redes sociais.
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