Chega candidata gestor José Janeiro à Câmara de Mação. Foto: DR

José Janeiro, gestor de empresas, é o cabeça de lista do Chega à Câmara de Mação, tendo justificado a sua candidatura como forma de combater o “alheamento por parte dos munícipes relativamente ao que podem fazer pela sua terra”.

Residente em Vila Nova da Barquinha e natural de Almofala, na Guarda, José Alberto Janeiro, de 63 anos, licenciado e mestre em gestão de empresas, disse hoje à Lusa não ter “qualquer experiência política ou associativa” e que concorre a Mação, “acima de tudo, para dar o exemplo àqueles que criticam e nada fazem, preferindo ficar no sofá”, e porque acredita ser “possível fazer diferente e melhor”.

Militante do partido, José Janeiro disse à Lusa que visitou o concelho de Mação após o convite do Chega e que se deparou com um território ao “abandono”, considerando que tal “situação não se compadece com o que são as necessidades das populações” na atualidade.

“Mação, quando visitei o concelho, após o desafio do Chega, fiquei com a imagem de ter recuado até à minha infância na minha aldeia, tal o abandono que ali vi”, afirmou, classificando a experiência como “uma surpresa negativa”.

Com o lema ‘Diga que Chega! Experimente Mudar!’, José Janeiro considerou que “os pilares do desenvolvimento e da sociedade” são “facilmente identificados” e que passam, em termos prioritários, pela rede de transportes, educação, floresta, acesso a cuidados de saúde e implementação de medidas para fixação de pessoas.

“A base de tudo está na forma como a rede viária e a rede de transportes locais se desenhe e facilite a interligação entre as comunidades uma vez que, sem isso e sem a redução de tempos de deslocação e sem a colocação de meios à disposição das populações para se deslocarem e fazerem os seus negócios ou outras atividades, a economia não cresce”, defendeu.

Por outro lado, continuou, “a educação é a base de toda a política e a existência de uma escola de excelência o seu motor para formar homens e mulheres capazes”.

Por isso, é necessário “apoiar quem não tiver meios de acesso à continuação dos estudos” e “criar programas de captação de potencialidades dos jovens e direcioná-los para o saber”, defendeu.

Salientando que Mação é um “concelho com uma área agrícola e florestal importante” e que “o mundo rural é uma forma económica importante para o desenvolvimento”, José Janeiro prometeu “incentivar os ‘players’ locais e dinamizar novos elementos para combater a crescente desertificação”, nomeadamente com a “redução de impostos ao nível municipal para os jovens até 35 anos que se fixem” no território.

O candidato do Chega defendeu ainda a “redução e/ou eliminação de taxas e ‘taxinhas’ nos serviços básicos reduzindo o custo desses serviços para o utilizador, facilitar e criar um sistema integrado para acesso de todos à saúde de forma imediata e eficaz”, a par de “tratar os idosos com dignidade e incentivar com programas de vida ativa a sua saúde mental”.

José Janeiro disse ainda não acreditar em “política de terra queimada”, prometendo “olhar para o concelho acreditando que a terra que viu nascer o juiz Carlos Alexandre terá outros tesouros escondidos à espera de serem descobertos e potenciados”.

O Chega concorre apenas à Câmara Municipal e não apresenta candidaturas a mais nenhum dos órgãos autárquicos em Mação.

Além de José Janeiro, pelo Chega, à Câmara de Mação concorre pelo PS o atual vereador Nuno Barreta, sendo Vasco Estrela, atual presidente, recandidato pelo PSD. A CDU apresenta José Henrique Matos como cabeça de lista e o CDS-PP concorre com Tiago Sá.

Nas últimas eleições autárquicas em Mação, o PSD elegeu quatro elementos para o executivo e o PS elegeu um vereador.

As eleições autárquicas estão agendadas para o próximo dia 26 de setembro.

Agência Lusa

Agência de Notícias de Portugal

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