Alunos do Agrupamento de Escolas de Constância visitam a Sardenha. Créditos: DR

Juntamente com os seus pares da Turquia, Grécia, Polónia e Itália, os estudantes de Constância participaram em workshops de atividades temáticas e turismo. No primeiro dia do projeto, os alunos praticaram atividades desportivas como forma de integração, tiveram a oportunidade de experimentar uma variedade de especialidades da gastronomia da Sardenha, preparadas por famílias italianas, e assistiram e dançaram numa apresentação de um grupo de danças tradicionais da Sardenha.

Alunos do Agrupamento de Escolas de Constância visitam a Sardenha. Créditos: DR

O segundo dia da viagem foi passado a visitar a capital da ilha, Cagliari. Acompanhados por um guia, os participantes visitaram a cidade velha, acederam ao Bastião que foi demolido durante a guerra, entraram na catedral e desfrutaram da vista panorâmica.

Depois foram para a exposição “Nurágica”, que apresenta a história do povo antigo que habitava a ilha e que em 1800 criou uma cultura única, muito mais avançada que a Roma antiga. Por razões pouco claras, poucos livros de história mencionam a sua existência. Foram ainda visitar uma exposição que terminou com uma apresentação via realidade virtual. Todos os hóspedes estrangeiros passaram a tarde e a noite com os seus homólogos italianos, explorando a cidade e saboreando pratos tradicionais da Sardenha.

Alunos do Agrupamento de Escolas de Constância visitam a Sardenha. Créditos: DR

O terceiro dia do projeto foi passado na exploração das mais antigas culturas que habitaram a Sardenha. Primeiro, os participantes fizeram um passeio de autocarro para a parte leste da ilha, onde puderam ver os restos de uma das oito mil torres criadas pela civilização Nurágica.

Seguiu-se uma visita ao “poço santo”, cuja localização foi planeada de forma precisa pelos antigos habitantes da Sardenha, de acordo com a localização do Sol e da Lua.

Durante o equinócio da primavera e do outono descendo as escadas para o subsolo, parece uma descida às profundezas e uma subida aos céus. A purificação simbólica na água e ver a sua sombra virada de cabeça para baixo foi um símbolo de renascimento para todos. Depois do almoço, o grupo visitou as ruínas da cidade de Tharros, fundada pelos cartagineses e depois conquistada pelos romanos.

Alunos do Agrupamento de Escolas de Constância visitam a Sardenha. Créditos: DR

O penúltimo dia começou com uma apresentação de todos os países parceiros sobre os representantes das minorias nacionais bem sucedidos nas suas pátrias. Os estudantes portugueses deram a conhecer a advogada portuguesa Alcina Faneca e o seu percurso profissional através de um vídeo preparado antes da sua deslocação.

Já os colegas polacos optaram por dar a conhecer o poeta cigano Papusza e o vencedor do Prémio Nobel de física Jerzy Charpak. A “equipa” turca preparou uma apresentação sobre um fotógrafo mundialmente reconhecido. Já os gregos apresentaram a biografia de um dos melhores jogadores da Associação Nacional de Basquetebol da Nigéria. Os italianos apresentaram um vídeo a entrevistar dois refugiados que vivem na sua cidade.

Após uma pequena pausa, decorreram aulas de música onde todos os participantes puderam cantar músicas italianas tradicionais e poemas famosos como “Bella Ciao”. De seguida os alunos almoçaram com as famílias italianas e à tarde foram todos ao Teatro Musical onde puderam desfrutar da ópera Cinderela.

Segundo as professoras “foi mais um dia em que os alunos tiveram a oportunidade de conhecer a cultura da ilha, apreciar a diversidade e aprender sobre tolerância”.

Alunos do Agrupamento de Escolas de Constância visitam a Sardenha. Créditos: DR

No último dia, todos participaram num workshop sobre migração e depois criaram um poema compassivo sobre minorias nacionais em grupos internacionais. No final da atividade os participantes preencheram a avaliação da mobilidade e receberam os certificados de presença.

O próximo e último encontro está agendado para abril em Volos (Grécia).

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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