Recuperação de sistema informático da Câmara pode levar meses. Foto ilustrativa: Getty

Na terça-feira, em comunicado, a Câmara Municipal de Alcanena informou que tinha sido alvo de um ataque informático e que estava a fazer todos os esforços no sentido de avaliar o seu impacto e de “assegurar o normal funcionamento dos serviços”.

Hoje, em declarações à agência Lusa, o presidente da autarquia indicou que o trabalho para normalizar os serviços prossegue, admitindo que possa levar “várias semanas ou, até, meses”.

“Estamos a fazer o nosso trabalho. Foi um ataque muito grave. Deitou-nos tudo abaixo. Temos aqui um desafio para as próximas semanas, para retomar a normalidade”, afirmou o autarca.

ÁUDIO | RUI ANASTÁCIO, PRESIDENTE CM ALCANENA:

Rui Anastácio explicou que o ataque informático está a condicionar alguns serviços, nomeadamente aqueles que dizem respeito ao atendimento ao público e à área administrativa, como o processamento de ordenados, ressalvando que os funcionários estão a fazer tudo para minimizar a situação.

“Tivemos que recuperar algumas coisas que antes se faziam à mão. Voltar a fazê-las, mas não encerramos. Há câmaras que em situação similar optaram por encerrar. Nós optámos por não encerrar, mas estamos, claro, com dificuldades”, admitiu.

Questionado sobre as motivações para este ataque ao sistema informático da Câmara Municipal, o autarca disse desconhecer, ressalvando que, até ao momento, ainda não foram contactados por ninguém com o objetivo de pedir algum resgate.

“Queremos pedir compreensão. Nós temos comunicado e vamos continuar a comunicar aquilo que nos aconteceu. Vamos pedir compreensão e alguma tolerância, pois estamos a dar o nosso melhor”, sublinhou, acrescentando que este ataque já foi comunicado às autoridades.

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

Agência de Notícias de Portugal

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