O executivo municipal de Alcanena votou por unanimidade cessar o protocolo com a Escola Nacional de Bombeiros (ENB), uma vez que a candidatura para a construção de um Campo de Formação de Bombeiros em Busca e Salvamento em Estruturas Colapsadas nunca avançou.

Contatada pelo mediotejo.net, a ENB informou que o projeto não recebeu fundos comunitários, mas que com o dinheiro existente fez-se a obra possível. O campo estará a funcionar no início de abril do próximo ano.

Segundo explicou a ENB, “o projeto teve de sofrer correções tendo em vista o campo poder ter capacidade de resposta a outras áreas de formação, edifício de apoio e valências novas”, sendo que “não conseguiu os apoios comunitários desejados”. Ainda assim, o projeto avançou.

“A parte de construção civil da infra-estrutura estará concluída até ao final do corrente ano”, refere a mesma fonte. “Os equipamentos estão em fabricação no Reino Unido e os primeiros chegarão a Portugal em dezembro e os últimos no final de março”, pelo que “o campo estará em pleno no início de abril”.

“Em conclusão, com os recursos financeiros disponíveis, a obra está ser uma realidade e estranho que o municipio tenha tomado tal decisão sem nos ter consultado”, afirma. “A ENB nunca pediu ao município para adiantar mais dinheiro sem que a obra avançasse e fê-lo agora porque está na realidade em construção”.

A presidente da Câmara de Alcanena, Fernanda Asseiceira, explicou ao mediotejo.net que apenas foi enviada uma tranche de 10 mil euros (dos 20 mil previstos) para financiamento da componente nacional do Campo. Como a candidatura nunca avançou, sendo este um projeto que vem de 2011, entendeu-se cancelar o protocolo e pedir a devolução da verba.

Em 2011, uma notícia da Lusa avançava que a ENB estava a reunir apoios financeiros para a construção do primeiro campo de formação em caso de sismo, cujo valor iria atingir os 3,5 milhões de euros, financiados em 85 por cento por fundos europeus.

Na ocasião, a ENB assinava um protocolo de cooperação com as Redes Energéticas Nacionais (REN), que contemplava o financiamento do projeto em 25 mil euros por parte da empresa pública. A instituição pediria ainda apoio a concelhos com estruturas de Bombeiros municipais.

 

 

Cláudia Gameiro, 32 anos, há nove a tentar entender o mundo com o olhar de jornalista. Navegando entre dois distritos, sempre com Fátima no horizonte, à descoberta de novos lugares. Não lhe peçam que fale, desenrasca-se melhor na escrita

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