À semelhança do que têm feito outros autarcas do Médio Tejo, o Presidente da Câmara de Ourém assumiu publicamente a defesa do projeto do aeroporto em Santarém considerando ser “a solução que melhor serve o concelho”.
No início da reunião de Câmara do dia 3 de outubro, Luís Albuquerque (PSD-CDS) leu uma declaração onde apresenta o seu apoio a esta solução, considerando-a “importante para o território e a região”.
O autarca aponta como “bons e fortes argumentos para que esta solução seja credível, sensata, e mais do que tudo, plausível”, “a valia de estar próximo de diversas acessibilidades (rodoviárias e ferroviárias), transformando-se num verdadeiro interface de mobilidade, aliada à grande capacidade de crescimento ao nível de pistas e de passageiros, a não existência de grandes impactos ambientais (problema existente nas restantes soluções em equação)”.
Ainda quanto a vantagens, o Presidente da Câmara recorda que este investimento “será estratégico para as próximas gerações e para o desenvolvimento do país, mas também seria um elevadíssimo investimento financeiro para o Estado, o que não se verifica neste projeto, pois que este conta com o totalidade do investimento privado, fator que julgo determinante para que definitivamente avance para esta obra”.
“Não tenho a menor dúvida que outra vantagem e até viabilidade desta solução é justamente a importância do turismo religioso e da maior proximidade do destino Fátima, que como todos sabem é umas das portas de entrada para muitos passageiros, em virtude dos milhões de visitantes por ano na cidade da paz”, realça o autarca.
Luís Albuquerque diz ter noção que qualquer decisão quanto à localização do aeroporto “não será tomada no dia de amanhã”, mas considera que “para a defesa dos interesses do nosso território e da nossa população, estamos perante a solução que melhor serve o concelho de Ourém, com impactos diretos e indiretos muito positivos, contribuindo para a coesão territorial que tanto se defende”.
Na reunião de Câmara, a vereadora da oposição falou em “reviravolta”, uma vez que até aqui os autarcas do Médio Tejo defendiam a localização do aeroporto em Tancos. Cília Seixo (PS) questionou a credibilidade dos promotores do projeto e disse não entender “porque se desistiu de Tancos”.
Os autarcas que já se prenunciaram só falam do umbigo deles do conselho deles tem uma visão do tamanho do conselho deles não dizem que é para o distrito Santarém uns dos mais atrasados do país.
Um aeroporto algures a norte de Santarém pelo menos parece viável a nível de infra-estrutura de apoio (A1 e linha do norte).
Mas sejamos sinceros, quem é o passageiro que vai querer aterrar em Santarém se puder aterrar dentro de Lisboa? Só a dor de cabeça dos transportes é um bom motivo para não querer aterrar em qualquer outro lado do que Lisboa.
Só se o Estado obrigar por lei as empresas a irem aterrar em Santarém, o que seria viável talvez para as empresas de transporte de mercadorias, que ficariam furiosas mas não teria capacidade real de impedir a medida, embora fossem logo acenar com o aumento de preços porque teriam de deslocar as coisas para Lisboa e ficaria mais caro e essas coisas.
A única área que realmente parece viável para um novo aeroporto que sirva Lisboa é um algures entre Sintra e a Ericeira, que serviria a zona Oeste de Lisboa, e deixaria os municípios da Beira litoral mais satisfeitos em especial se tivesse ligação directa à A21 e à linha do oeste que teria de ser remodelada para ser de via dupla e eventualmente com um traçado mais curto até às principais localidades ao longo da beira litoral.