Academia do Johnson acolhida no Centro Ciência Viva de Constância. Créditos: CCVC

No Centro de Ciência Viva de Constância, os jovens da Academia do Johnson (Amadora) puderam, designadamente, entrar e sair no avião a jato, perceber “o que faz um avião voar”, experimentar um giroscópio humano parecido com os usados no treino de pilotos de aviões e de naves espaciais; olhar o céu, identificar estrelas e constelações e espreitar por telescópios para ver as fases de Vénus, crateras na Lua, nebulosas, enxames de estrelas e uma galáxia; assistir/participar numa sessão de planetário onde o fantástico se misturou com aprendizagens e com a satisfação de ver o céu de todos os países onde se fala português.

Além disso, passear pelo Parque de Astronomia, ver todos os planetas a girarem em torno do Sol, sentir a sensação de estar sobre a Terra, com a Lua a girar à sua volta e … a mostrar as fases; entrar numa câmara escura para ver – em direto – manchas e “explosões” no Sol.

A Academia do Johnson aposta nos talentos dos jovens do bairro da Cova da Moura e tem por objetivo promover o desporto, o desenvolvimento e a integração social de jovens e crianças de bairros carenciados na Grande Lisboa.

Pretende promover a educação e os valores de cidadania na prevenção de situações de risco de crianças e jovens que vivem nos bairros da Amadora, através do futsal, da dança e de outras atividades desportivas, cria equipas fortes e coesas para treinar também competências académicas e reforçar valores humanos.

A Associação Academia do Johnson é o resultado da perseverança e dos ensinamentos que a vida deu a João Semedo, mais conhecido por Johnson, falecido no final do ano passado. Inspirador para centenas de crianças e jovens, que há anos apoiava através de atividades desportivas e sociais, João Semedo Tavares ficou conhecido por assumir a sua passagem pela prisão e disso ter feito uma lição de vida, que procurou transmitir.

Nascido na Cova da Moura, Johnson teve um percurso de vida muito duro e adverso, com alguns comportamentos desviantes. Após ter mudado a sua vida, Johnson focou-se em aplicar a sua experiência pessoal de forma a prevenir situações de risco para outros jovens em situações precárias.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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