As obras no Largo Espírito Santo, em Mouriscas, estão adjudicadas e podem iniciar a “qualquer momento”. A garantia foi dada ao mediotejo.net pela presidente da Câmara Municipal de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque, bem como pelo vereador João Gomes com o pelouro de Gestão Urbanística, Ordenamento e Gestão de Projectos.
“A minuta do contrato já foi aprovada. Estamos a validar os documentos e a qualquer momento vai ser feita a consignação. O director de fiscalização também já foi nomeado”, disse ao mediotejo.net o vereador João Gomes, garantindo que as obras terão início antes das eleições autárquicas do dia 1 de Outubro.
Por conta do atraso nas obras de requalificação, que chegaram a ter como data de conclusão Julho passado, António Louro, proponente da proposta vencedora na edição do Orçamento Participativo de 2016, diz serem “muitas as pessoas que perguntam diariamente quando está previsto o arranque das obras” do Largo do Espírito Santo. Isto acontece porque “ocorre presentemente a votação para o Orçamento Participativo [edição 2017] e paira no ar alguma descrença neste programa” lançado pela Câmara Municipal de Abrantes no ano passado.
O também líder do Grupo de Independentes por Mouriscas – AGIMOS – considera existir “um silêncio ensurdecedor de várias instâncias políticas sobre este assunto, talvez ditado por razões eleitoralistas”. António Louro julga “ficar muito mal à instituição camarária estar a adiar sistematicamente o arranque deste pequeno projecto, ao mesmo tempo que vai lançando obras por todo o concelho, que não precisaram de ganhar qualquer concurso do género do Orçamento Participativo”.
Maria do Céu Albuquerque justifica o atraso da obra com a escolha da empresa que apresentasse um menor orçamento. “Consultámos três empresas”, indica.
A requalificação paisagística do Largo Espírito Santo (Largo das Ferrarias) em Mouriscas, foi o projecto mais votado no Orçamento Participativo de 2016, com 153 votos, com um valor de 86 mil euros.
Relativamente à votação das propostas do Orçamento Participativo em curso, a presidente assume “estar a correr bem”, acreditando ser reforçada no “período em cima do terminus do prazo”.