Reunião da CM Abrantes dia 28 de dezembro de 2017

A Câmara Municipal de Abrantes (CM) recebeu no dia 13 de dezembro um relatório da EPAL dando conta que a qualidade da água da albufeira de Castelo de Bode mantém-se inalterada. O relatório surgiu na sequência do plano de contingência após a ocorrência dos fogos florestais com vista a garantir a qualidade da água e a segurança do abastecimento de água para consumo humano. A EPAL garante que estão previstas medidas de combate a ocorrências de natureza diversa que possam comprometer o fornecimento de água. Foram efetuadas até à data três campanhas de amostragem: a 21 de setembro, 18 de outubro e 11 de novembro. As colheitas foram efetuadas em 8 pontos nos diversos concelhos afetados pelos incêndios e revelaram não existir alteração na qualidade da água.

A 29 de agosto “propusemos uma reunião com todos os municípios da albufeira de Castelo de Bode vítimas de incêndio de grande dimensão” afirmou a presidente da CM durante a reunião de Executivo, esta quinta-feira 28 de dezembro. Maria do Céu Albuquerque explicou o motivo: “estávamos preocupados com a qualidade da água pós incêndios, por causa das cinzas, decorrente das escorrências depois das chuvas”.

Da reunião saiu a garantia de que a EPAL possui um sistema montado em toda a albufeira no sentido de monitorizar a qualidade da água e que faria chegar aos municípios os resultados analíticos. Os primeiros chegaram no dia 13 garantindo a qualidade da água.

A EPAL “mostrou-nos que tinha um plano de contingência para fazer a avaliação do impacto das cinzas na qualidade da água” referiu a autarca. Nessa medida, foram realizadas três amostragens até novembro e deu conta que “os parâmetros analisados, e são aqueles previstos na legislação e bibliografia para estas situações, estão dentro dos valores paramétricos aceitáveis”.

Conclui a presidente que “até à data não há risco para a saúde pública em relação ao abastecimento de água feito a partir de Castelo de Bode” garantindo “continuar a acompanhar” a situação uma vez que “estamos em plena época das chuvas”.

Ainda sobre a qualidade da água, desta vez do Tejo, Maria do Céu Albuquerque deu conta de iniciativas dos municípios do Médio Tejo relativamente à poluição do rio.

Na sequência da reunião da Comissão de Acompanhamento criada pelo Ministério do Ambiente que “junta todos os organismos da administração central, inclusivamente a Agência Portuguesa do Ambiente, e as Comunidades Intermunicipais do Médio Tejo, da Lezíria, do Alentejo e da Beira Baixa, todos aqueles que têm responsabilidade na inspeção e fiscalização do que acontece em relação à vida no rio Tejo” decorreu uma reunião no final de novembro “com um conjunto de iniciativas propostas e aceites por todos”, explicou a edil.

Assim foi decidido “realizar reuniões em cada CIM com a administração central e com os municípios envolvidos vamos verificar os pontos negros que ainda existem em cada um dos concelhos sejam públicos ou privados” no sentido de “serem imediatamente resolvidos”, disse.

A sua formação é jurídica mas, por sorte, o jornalismo caiu-lhe no colo há mais de 20 anos e nunca mais o largou. É normal ser do contra, talvez também por isso tenha um caminho feito ao contrário: iniciação no nacional, quem sabe terminar no regional. Começou na rádio TSF, depois passou para o Diário de Notícias, uma década mais tarde apostou na economia de Macau como ponte de Portugal para a China. Após uma vida inteira na capital, regressou em 2015 a Abrantes. Gosta de viver no campo, quer para a filha a qualidade de vida da ruralidade e se for possível dedicar-se a contar histórias.

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