Foto Destaque: Cerca de 20 catalisadores roubados em Portugal diariamente. Foto: DR

A PSP confirmou ao mediotejo.net a existência de três ocorrências de furto de catalisadores, na noite de 07 para 08 de março, tendo ocorrido duas em Rossio ao Sul do Tejo e uma em Abrantes, tendo apenas um lesado exercido o direito de queixa. Em Portugal, foram furtados quase 7.000 catalisadores de carros em 2021, uma média de 20 por dia. Os criminosos são atraídos pela subida do preço dos metais que existem no interior da peça.

No total, nos últimos dois anos, Abrantes tem registo de oito denúncias por furtos de catalisadores em viaturas automóveis. Segundo a PSP, até ao momento não há suspeitos identificados, e estão a ser efetuadas diligências de investigação.

Questionado pelo mediotejo.net sobre a dimensão deste tipo de ocorrências em Abrantes e no distrito da Santarém, o comando distrital da PSP refere que o furto de catalisadores “é um fenómeno relativamente recente”, e que, como em todo o país, tem existido algumas ocorrências no distrito de Santarém.

Referente à área de responsabilidade da PSP de Abrantes, específica, “em 2021 foram apresentadas quatro denúncias, e em 2022 mais quatro, ocorrências estas com processo de investigação”.

Todavia, notou, “há mais quatro [ocorrências] comunicadas ao DIAP, em que os titulares do exercício do direito de queixa não o desejaram ou não o exerceram em tempo legal para o efeito”.

Questionada sobre medidas preventivas para os cidadãos em geral relativamente a este tipo de furtos, a PSP aconselha a que se evite estacionamentos em locais isolados ou com má iluminação, a que, sempre que possível, se anotem os dados de veículos suspeitos e estranhos na zona, além de ter sempre disponíveis os números de telefone da força Policial da área da sua residência, sendo que no caso da PSP de Abrantes, o novo número é 241 077 290.

“Caso se depare com uma situação de furto de catalisadores ou de peças de veículos, deverá contactar as autoridades o mais rapidamente possível, devendo, até à chegada destas, recolher o número máximo de elementos de informação possível”, alerta a PSP.

Cerca de 20 catalisadores roubados em Portugal diariamente

Foram furtados quase sete mil catalisadores de carros ao longo do ano 2021, uma média de quase 20 roubos diários – muitos acontecem em pleno dia e, segundo a GNR, são concluídos em cerca de dois minutos. Segundo dados citados pelo Jornal de Notícias (JN), a PSP deteve 326 assaltantes (identificando mais 575 suspeitos) e a GNR prendeu 70 pessoas (mais 240 identificados). Os criminosos são atraídos pelo valor a que conseguem vender os metais preciosos que se encontram no interior da peça.

Dentro dos catalisadores existem metais como a platina, o paládio e o ródio, tudo matérias cujo preço subiu nos mercados internacionais de matérias-primas, nos últimos anos. A maior parte dos catalisadores furtados são desmantelados para obter esses metais, mas também se gerou uma espécie de mercado alternativo onde muitas pessoas, depois de verem o seu veículo assaltado, vão comprar peças que chegaram ao mercado negro depois de terem sido também elas roubadas a outro carro. Substituir um catalisador de um carro pode custar, no mínimo, algumas centenas de euros.

Entre os alvos preferenciais de quem se dedica a esta atividade criminosa estão alguns veículos a gasolina mais antigos, dos anos 90 ou dos primeiros anos de 2000. Devido ao crescimento em flecha do número de furtos de catalisadores, nos últimos anos, a PSP criou em 2020 uma série de Equipas Regionais de Investigação à Criminalidade Automóvel, para acompanhar o fenómeno mais de perto.

“Estacionam à frente, na traseira ou, em último caso, paralelamente ao veículo que será alvo do furto, ficando um dos indivíduos a controlar os movimentos”, explica a GNR, citada pelo Jornal de Notícias. “Através de um macaco hidráulico, o veículo é levantado e o segundo homem posiciona-se sob o veículo para cortar o catalisador, através de uma serra de sabre sem fios ou ferramenta idêntica. Se não houver interrupções, pode demorar apenas cerca de dois minutos“, diz a GNR.

A experiência de trabalho nas rádios locais despertaram-no para a importância do exercício de um jornalismo de proximidade, qual espírito irrequieto que se apazigua ao dar voz às histórias das gentes, a dar conta dos seus receios e derrotas, mas também das suas alegrias e vitórias. A vida tem outro sentido a ver e a perguntar, a querer saber, ouvir e informar, levando o microfone até ao último habitante da aldeia que resiste.

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