O relatório da atividade no âmbito dos Estratos Sociais Desfavorecidos de Abrantes relativo a 2021 conclui que no ano passado foram apoiadas mais de 300 pessoas apesar do número de pedidos ter diminuído em relação a 2020.
O relatório anual relativo ao ano de 2021 do Programa de Apoio a Estratos Sociais Desfavorecidos de Abrantes foi dado a conhecer na reunião de Câmara de Abrantes realizada na terça-feira, 22 de fevereiro.
Durante o ano 2021 decorreu um decréscimo de pedidos por parte de famílias que se debateram com situações de carência económica, na sequência dos efeitos negativos provocados pela pandemia covid-19, ou seja, foram efetuados 117 pedidos menos 15 do que em 2020, uma diferença considerada “significativa” pelo executivo, indicou a vereadora Raquel Olhicas (PS).
Esse apoio implicou uma despesa no montante de 88 mil euros, relativa a candidaturas aprovadas, significando um decréscimo em relação a 2020, tendo sido apoiadas 322 pessoas, sendo as mulheres quem mais recorre a este tipo de apoio.
O programa de Apoio a Estratos Sociais Desfavorecidos “é também uma das possibilidades de apoiarmos os nossos munícipes nomeadamente no âmbito da vulnerabilidade social em que estiveram sujeitos nestes dois últimos anos caracterizados pela pandemia, mas temos um fator positivo”, disse a vereadora responsável pelo pelouro de Ação Social.
Desses 117 pedidos, 52 corresponderam a novas candidaturas e 65 a renovações. Segundo Raquel Olhicas “a zona urbana de Abrantes é aquela que continua a fazer mais solicitações com 68 pedidos, 22 na União de Freguesias de Rossio e São Miguel e 8 em Alvega e Concavada e alguns mais dispersos nas outras freguesias”. Salienta que Fontes, Carvalhal e Mouriscas não solicitaram qualquer apoio.
ÁUDIO | VEREADORA RAQUEL OLHICAS:
No que se refere à tipologia das solicitações, foi pedido apoio para a habitação, para comparticipação da renda da casa é o mais solicitado, seguindo-se o apoio à aquisição de medicação e para a Educação, prossecução dos estudos dos seus descendentes. Relativamente aos pedidos de apoio de emergência, são essencialmente, pedidos para pagamento de bens essenciais, tais como água, luz, gás e comida.
Segundo a vereadora os pedidos foram provenientes “maioritariamente” de utentes do Rendimento Social de Inserção, configurando-se em 85 o número de pessoas que solicitaram apoio. Também do Serviço de Atendimento e Acompanhamento Social, sendo 16 pessoas, alguns munícipes recorreram diretamente ao presidente da Câmara e 11 pessoas “bateram diretamente à porta da Câmara”.
O programa de Apoio a Estratos Sociais Desfavorecidos tem como objetivo disponibilizar recursos para auxiliar pessoas em situação de carência económica, minimizando as situações de pobreza e de exclusão social.