Foi aprovado o projeto de execução para a intervenção de restauro, reabilitação, remodelação e ampliação do Edifício Carneiro, para instalação do Museu de Arte Contemporânea Charters de Almeida (MAC). Este passo administrativo antecede o concurso público para realização da obra que terá para esse efeito um preço base fixado em 2.197.080,00 € + IVA. O prazo previsto de execução da obra é de 720 dias.
O Edifício Carneiro vai ser requalificado para ser “guardião da atividade artística” do escultor Charters de Almeida, pode ler-se na nota de imprensa da autarquia.
Passará a ser público o acervo de obras representativas das várias fases do percurso de mais de meio século da atividade artística do escultor, doadas por sua vontade à Câmara Municipal de Abrantes, que ficarão expostas no interior e no exterior do edifício, uma vez que toda a zona exterior envolvente do logradouro vai ser tratada com a finalidade de ser a porta de entrada para a criação de um percurso de exposição ao ar livre até à entrada do Jardim do Castelo, confluindo com a intervenção prevista para o espaço do Castelo e área em redor.
O escultor Charters de Almeida, 82 anos, doou ao município de Abrantes uma parte significativa da sua coleção, resultado de mais de meio século de atividade artística, e de que se destacam as obras em grande escala, conhecidas por “Cidades Imaginárias”, que chegam a atingir os 40 metros de altura.
Para além dos espaços expositivos interiores, para acolhimento de exposições de caráter permanente e temporário, o edifício será dotado de um auditório polivalente, lê-se na mesma informação.
Recorde-se que em março de 2016 foi feita adenda ao protocolo estabelecido no ano 2006, altura em que foi feito protocolo inicial de colaboração entre as duas entidades, tendo sido apresentado o projeto do futuro Museu de Arte Contemporânea.

O MAC irá incluir peças da primeira fase do seu trabalho (até 1973), que se convencionou chamar “dos bronzes” pela predominância dessa matéria; um conjunto de trabalhos denominados “Relógios de sol”, trabalhados em blocos de mármore polido, com várias componentes de metal; e ainda um conjunto de trabalhos (entre quadros com imagens e pinturas) com desenhos e projetos das “Cidades Imaginárias”, que correspondem a intervenções no espaço público utilizando materiais como o aço, o mármore, o granito e o betão armado.