O ALTERNATIVAcom defende que a Câmara Municipal “deve convidar a delegada de Saúde Pública do Médio Tejo a dar explicações” na sessão da Assembleia Municipal de sexta-feira, dia 11 de dezembro. Em comunicado, o movimento independente diz esperar que tais explicações sejam confrontadas “com as que são esperadas da parte do presidente da Câmara Municipal de Abrantes”, porque “tem sido questionada, igualmente, a real capacidade da autarquia em defender os interesses da comunidade quando estes são postos em causa”.
Em causa a polémica dos números de infetados pelo SARS-CoV-2 em Abrantes, que colocaram o concelho com risco “muito elevado” de propagação do novo coronavírus. Para o movimento ALTERNATIVAcom, “a narrativa até agora apresentada aos abrantinos não é esclarecedora, continuando sem se perceber o que realmente aconteceu, qual a origem dos erros e como é que estes não foram detetados ao longo de tantos dias, acabando por ser identificados em apenas três horas, depois de emitido o primeiro comunicado do município”, pode ler-se no documento.
O movimento, liderado por Vasco Damas, congratula-se com a passagem do concelho de Abrantes para o nível inferior de “contágio moderado” da doença covid-19, “aliviando a situação de confinamento em que mais de três dezenas de milhares de abrantinos foram severamente penalizados por medidas restritivas da atividade económica e da liberdade de circulação de pessoas. Esta é uma boa notícia, reflexo da consciência e do comportamento cívico dos cidadãos”, nota ainda o movimento de cidadãos independentes em comunicado.
Contudo, entendem que “tardam os esclarecimentos prometidos, bem como o apuramento de responsabilidades e suas consequências, os quais implicam e comprometem também o município de Abrantes, designadamente no que se refere ao relacionamento institucional com a delegada de Saúde Pública do Médio Tejo, ao conhecimento efetivo que tem da evolução da pandemia no concelho e às expectativas que criou nos agentes económicos e na população em geral”.
Para o ALTERNATIVAcom “não podemos continuar a deixar passar os dias sem respostas e, por isso, achamo-nos no direito de exigir esclarecimentos e saber quais as consequências efetivas para as responsabilidades apuradas. A transparência e a prestação de contas, de forma atempada e rigorosa, são princípios de que não se pode abdicar em democracia. Abrantes e os abrantinos merecem respeito”, concluem.